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Original para a Internet

Para jovens

Após o término de um namoro

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 31 de maio de 2017

Tradução do original em inglês publicado no site JSH-Online em 30 de março de 2017.


“Será que você vai continuar a sentir o mesmo por mim depois do acampamento? Será que vai mudar de ideia?” perguntei.

“Isso é impossível”, ele disse. “Vou continuar a gostar de você.”

Eu estava no final do segundo ano do ensino médio e tudo corria bem. Tinha o namorado perfeito, boas notas, e me saía bem nos esportes. Entretanto, meu namorado estava prestes a ir para um acampamento de verão, onde ficaria por sete semanas, e eu sabia que só conseguiríamos entrar em contato um com o outro por meio de cartas. Eu estava um pouco preocupada com a possibilidade de que as coisas pudessem mudar entre nós. Realmente senti um pouco de alívio quando ele me tranquilizou e, na sua ausência, tentei preencher meu tempo com esportes e atividades, a fim de manter a mente longe da falta que sentia dele.

Quando voltamos às aulas, tudo parecia ir bem ... até uma noite em que algo em nossa conversa estava diferente. Perguntei-lhe o que havia de errado e ele respondeu que não estava sentindo por mim o mesmo que sentia antes de ir para o acampamento.

Fiquei arrasada. Nunca antes havia chorado tanto. Eu não compreendia a razão pela qual ele estava terminando comigo.

Ele pediu um tempo para pensar sobre nosso relacionamento e eu respeitei seu pedido e concordei. Todos os dias eu tentava orar e minha mãe também escolheu um hino do Hinário da Ciência Cristã para que eu o lesse todos os dias pela manhã. Mas nada estava ajudando. Umas duas semanas depois, terminamos de vez o namoro.

Por algum tempo, parecia que eu agia normalmente em tudo, graças ao apoio dos meus amigos. Mas aí comecei a chorar de novo todos os dias, porque não conseguia entender o que havia acontecido nem como seguir em frente. Eu só queria me ver livre daquela sensação. Todo o choro, toda a confusão. Decidi que já era hora de falar com o professor da minha classe de Bíblia, na escola para Cientistas Cristãos que eu frequentava. Um dia, depois da aula, expliquei toda a história e, quanto acabei de falar, ele perguntou: “Você conhece a definição que Mary Baker Eddy dá para Getsêmani?”

Olhei para ele com lágrimas nos olhos e balancei a cabeça. Ele me mostrou um exemplar de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras aberto na página 586, e eu li em voz alta: “Getsêmani. Paciência no sofrimento; o humano cedendo ao que é divino; amor que não vê retorno, mas ainda assim permanece amor”. Essa definição traz uma perspectiva espiritual do jardim de Getsêmani onde, na noite anterior à crucificação, Jesus orou, completamente só, depois que seus discípulos, adormecendo, o deixaram abandonado.

Depois que li a definição, meu professor disse: “Este é o seu Getsêmani. Você pode achar que colocou todo o coração nesse relacionamento e que agora seu coração está sendo despedaçado, mas você ainda pode continuar a amar”.

Mesmo sabendo que minha experiência não era nada, comparada àquela pela qual Jesus passou, minhas lágrimas secaram, quando o significado espiritual de Getsêmani penetrou em minha consciência. Compreendi que eu não precisava estar namorando meu ex para amá-lo. Eu podia amá-lo espiritualmente, e vê-lo como o filho perfeito de Deus que ele realmente é. Consequentemente, eu também podia ver a mim mesma dessa maneira e expressar isso. Eu não deveria cair no ódio e falar mal dele. Essa era uma oportunidade para amar, independentemente de qualquer coisa.

Mais tarde, naquele dia, o professor me enviou uma nota com outro pensamento de Ciência e Saúde: “O afeto humano não é derramado em vão, ainda que não seja correspondido. O amor enriquece o caráter, engrandecendo-o, purificando-o e elevando-o. As rajadas gélidas da terra talvez desarraiguem as flores dos afetos e as espalhem aos ventos; mas essa ruptura dos laços carnais serve para unir o pensamento mais estreitamente a Deus, pois o Amor sustenta o coração em luta, até que este cesse de suspirar pelo mundo e comece a estender as asas rumo ao céu” (p. 57).

Quanto mais eu lia essa passagem, mais eu compreendia que, mesmo quando tudo parece estar desmoronando, o Amor, que significa Deus, está sempre me confortando. Entendi que eu não poderia ser prejudicada pelo rompimento do namoro, mas meu coração poderia em realidade ser levado para um sentimento de “céu”, de paz.

Ao longo das semanas seguintes, pude sentir que meus pensamentos estavam em um patamar completamente diferente. Compreendi que o relacionamento não tinha de terminar em ressentimento de minha parte; eu refletia o amor de Deus e nada poderia impedir-me de expressar esse amor.

Recentemente, fiz uma viagem a Israel com um grupo de colegas da escola, inclusive meu ex-namorado. Um dia, visitamos o real jardim de Getsêmani e, naquela noite, nós dois conversamos e esclarecemos tudo. Agora somos bons amigos e eu sou muito grata por tudo o que essa cura me ensinou sobre como amar.

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