Era sábado à noite, quando meus amigos e eu decidimos ir jogar na quadra de basquete do alojamento dos rapazes, no internato onde estudo. A certa altura, eu estava me achegando ao cesto para fazer um lançamento, quando outro jogador se chocou comigo e eu caí com todo o peso sobre meu tornozelo direito. Realmente doeu muito, por isso saí da quadra mancando, voltei para o dormitório e fui para a cama. Felizmente, a dor diminuiu um pouco e eu consegui adormecer.
Na manhã seguinte, quando acordei, eu não estava pensando no tornozelo. Então pisei no chão, pondo todo o peso na perna direita. Imediatamente, senti uma dor intensa por toda a perna, especialmente na região do tornozelo. Voltei para a cama e fiquei pensando no que fazer.
A essa altura da minha vida, eu não conhecia muito sobre a Ciência Cristã, mas aprendera que podia orar a respeito de doenças ou machucados e ser curado. Então, decidi começar a orar da maneira como sabia, que era repetir a Oração do Senhor. Gosto dessa oração porque ela me ajuda a ficar calmo e sentir que Deus está comigo.
Depois de orar assim, fui um pouco além e fiz algo novo. Pensei sobre uma ideia de que eu ouvira falar por parte de alguns amigos Cientistas Cristãos: que expressar as qualidades de Deus, como amor e alegria, que é o que faço quando jogo basquete, é algo que nos protege. Isso é verdade, porque essas qualidades formam aquilo que chamamos nossa identidade espiritual, e algo que é espiritual jamais pode se machucar, está sempre a salvo e ileso.
Um pouco mais tarde, nesse mesmo dia, liguei para uma Praticista da Ciência Cristã para orar por mim. Ela me falou sobre uma ideia semelhante, ou seja, que Deus nos criou para expressar amor. Quando o amor preenche nossos pensamentos, não há lugar para machucados nem para a dor. Portanto, continuei a orar com a ideia de que eu sou a expressão do amor e, com isso notei o quanto meu tornozelo melhorara, em apenas um dia. O inchaço tinha desaparecido quase completamente e eu sentia pouquíssima dor. Além disso, não precisei mais das muletas que usara para andar, naquela manhã.
Cerca de dois dias depois, o time masculino júnior de tênis do internato, do qual eu faço parte, teve de participar de um jogo não programado, contra um dos nossos rivais. Eu era a única pessoa escalada para a partida individual, e sabia que teria de correr muito de um lado para outro. Fiquei preocupado, temendo que talvez não pudesse jogar muito bem devido ao tornozelo que, embora estivesse bem melhor, ainda não havia voltado ao normal.
Mas, pouco antes do aquecimento, decidi orar novamente. Pensei: “Tudo bem, Deus. Você está me dando essa oportunidade de expressar Suas qualidades e eu posso fazer isso, apesar do que os sentidos físicos estão me dizendo sobre como estou me sentindo”. Eu tinha a expectativa de que poderia sentir a presença, o amor, a alegria e o poder de Deus, não importa o que acontecesse.
Começou o jogo, e fiquei muito surpreso com o que aconteceu em seguida. Consegui correr e fazer muitas defesas durante o jogo. Jogamos até chegar ao set do desempate e, embora eu tenha perdido, fiquei realmente feliz por ver que fui capaz de jogar e quase ganhar!
Depois disso, meu tornozelo ficou bom. Mas, o que me deixou mais grato foi tudo o que aprendi a respeito de orar por mim mesmo. Especialmente gosto da ideia de que manter meus pensamentos em Deus e expressar Suas qualidades me permitiu jogar sem entraves, mesmo tendo começado aquela partida sem muita confiança quanto às minhas capacidades. Sei que conseguirei usar o que aprendi com essa cura, na próxima vez que precisar de ajuda.
