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Original para a Internet

Um alvo fora de alcance

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 13 de março de 2015

Tradução do original em inglês publicado na edição de 15 de outubro de 1955 do Christian Science Sentinel.


Um Praticista da Ciência Cristã foi chamado à casa de uma pessoa que estava se sentindo muito angustiada e aflita. A paciente era Leitora em uma filial da Igreja de Cristo, Cientista, e estava convencida de que, por essa razão, era alvo do ódio que a mente mortal tem pela Verdade. O praticista não estava conseguindo levá-la a pensar de outra maneira. Finalmente, o praticista lhe disse: “Muito bem, se você insiste que você é um alvo, seja um alvo. Mas pelo menos que seja um alvo fora de alcance.”

Um alvo fora de alcance! Pense nisso e veja como esse conceito abre as portas do pensamento a um panorama muito mais elevado! Quando você está fora de alcance você não pode ser atingido, você está além do limitado raio de alcance do agressor. Como um pássaro, que tem apenas de bater as asas e subir às alturas celestes, para estar além do alcance de um atirador.

Será que podemos ser livres como um pássaro, sem nada que nos prenda? Claro que sim! A amada Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, Mary Baker Eddy, referindo-se à liberdade inerente ao homem, escreve em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “Mais cedo ou mais tarde aprenderemos que os grilhões da capacidade finita do homem são forjados pela ilusão de que ele viva no corpo em vez de na Alma, na matéria em vez de no Espírito” (p. 223). Os grilhões forjados pela ilusão são ilusões, não são realidades.

Cristo Jesus se sentia a salvo e em segurança, porque reconhecia a natureza espiritual, quer dizer,  a espiritualidade do seu existir. Está registrado no Evangelho de Lucas que, certa ocasião, enquanto Jesus estava lecionando na sinagoga, aqueles que o estavam ouvindo ficaram tomados de ira. Eles se levantaram contra ele e o expulsaram da cidade, levando-o até ao cimo do monte, com a intenção de o lançarem abaixo. Mas Jesus, passando por entre eles, seguiu imperturbado o seu caminho, sem que seu ministério de cura fosse abalado. Eles nem sequer o viram. O Mestre profetizou que aqueles que acreditassem nele fariam as obras que ele fazia e também obras ainda maiores, “porque eu vou para junto do Pai” (João 14:12). A Sra. Eddy diz: “O ‘eu’ irá para junto do Pai quando a mansidão, a pureza e o amor, esclarecidos pela Ciência divina, o Consolador, o Confortador, tomarem o rumo do Deus único: então se constatará que não é na matéria que se encontra o ego,  mas na Mente, pois existe apenas um Deus, uma Mente única; e assim o homem não alegará possuir nenhuma mente separada de Deus” (Miscellaneous Writings [Escritos Diversos] 1883–1896, pp. 195-196).

Na proporção em que nos identificamos como pessoas finitas, nomeadas por outras pessoas para ocupar certos cargos ou exercer certas tarefas em nosso movimento, nessa mesma proporção nos colocamos como um alvo, vítimas hipotéticas do ódio, da inveja, da fraude e do controle hipnótico. A oposição e a crítica, o desânimo e a ineficiência fazem parte dessa lista de erros. Mas o alcance da mente mortal não vai além da própria mente mortal. Ela se vê a si mesma, vê o conceito equivocado que tem de si mesma, se condena a si mesma e se autodestrói. Nem Deus nem o homem real estão jamais ao alcance do materialismo.

Pode ser que a sugestão mental agressiva sussurre: “Você é um mortal. Eu, o mal, posso fazer com que você tenha medo, fique doente, posso desgastá-lo e deixá-lo exausto. Posso denegrir seu caráter, defraudar sua integridade e fazer com que os outros acreditem nessas mentiras e as espalhem. E por mais que você se esforce, posso fazer com que você se sinta incompetente, que pense que ninguém confia em você, que você é infeliz, e que ninguém gosta de você”. Ou então, pode ser que a sugestão agressiva erga a voz para justificar-se a si mesma e que, disfarçada, como se fosse nosso próprio pensamento, argumente: “Eu sou importante. Exijo reconhecimento. Quero que as coisas sejam feitas à minha maneira e pretendo fazer minha própria vontade”. Mas nem a autodepreciação nem a glorificação própria são reais, e o Cientista Cristão que está alerta não se presta a ser instrumento de nenhuma delas. Ele não permite que o erro o use para causar dissensão, divisão ou deslealdade no nosso movimento. Ele não permite ser usado pela imprudência, pelo orgulho egoísta ou por pensar que tem de sofrer como um mártir. Sua segurança está em Deus e ninguém lhe pode tirar a alegria.

Pensando bem, onde é que vamos encontrar maior segurança, onde é que vamos ser mais amados e mais apreciados, do que quando estamos a serviço do nosso Criador? Onde é que podemos sentir, da forma mais tangível, que a Vida se renova a si mesma, e ali está a força da Verdade, o sustento do Amor? Que “a mansidão, a pureza e o amor, esclarecidos pela Ciência divina”, limpem nossos pensamentos da crença egotista de que somos mortais, e nos elevem a pensar mais além do que a matéria, rumo ao Espírito. Então, em verdadeira humildade, reconhecemos que  a Mente é o Ego, o Eu do nosso existir, e compreendemos mais profundamente as palavras do Mestre: “Quem vem das alturas certamente está acima de todos...” (João 3:31); “O Pai, que me enviou, esse mesmo é que tem dado testemunho de mim...” (João 5:37); “Eu e o Pai somos um” (João 10:30).

No reino incontaminado do Espírito e do ponto de vista da totalidade de Deus, a razão de ser do homem se desdobra como a experiência subjetiva da Mente divina. A Alma revela sua própria grandeza e glória, o Amor revela sua própria paz e equilíbrio. Na Ciência, o homem reflete a Deus, portanto ele  é livre, sem impedimento, ilimitado. Ele não está restrito a um lugar nem sujeito à limitação; por isso, não pode influenciar nem ser influenciado erroneamente. A Vida expressa seu próprio curso livre e pleno da Vida resplandecente, e o homem é a expressão da Vida. Portanto, o homem se regozija na capacidade ilimitada do existir, que tem sua origem em Deus e não está sujeito a acidentes, à idade e à decadência.

Deus nunca sancionou uma lei de castigo nem criou o homem sujeito a ser castigado. A lei de Deus é a lei da liberdade, a lei da justiça, a lei do Amor. Diz a Sra. Eddy em Ciência e Saúde: “A chamada mente mortal — que é inexistente e por conseguinte não está dentro do âmbito da existência imortal — não poderia, simulando o poder de Deus, inverter a criação divina e depois tornar a criar pessoas ou coisas no nível próprio dessa mente, visto que nada existe fora do âmbito da infinidade que tudo inclui, na qual e da qual Deus é o único Criador”. E a Sra. Eddy acrescenta: “A Mente, jubilosa na sua força, permanece no reino da Mente” (pp. 513, 514).

Ao compreender esse fato, vemos que somos realmente um alvo fora de alcance, ou seja, não somos um alvo, pois nada existe a não ser o eterno Amor, que eternamente a tudo inclui. E o homem habita na consciência do Amor como expressão eterna da Mente em Sua natureza sempre completa e em sua  perene, ininterrupta harmonia.

A escuridão nunca penetra na luz, mas a luz extingue a escuridão. Para a luz tudo é luz, ininterrupta e eternamente. Com a “mansidão, a pureza e o amor, esclarecidos pela Ciência divina”, podemos deixar que o “eu” realmente vá para junto do Pai, que seja, de fato, para sempre um com o Pai, e então podemos saber que nós realmente somos como o resplendor da presença de Deus, fora do alcance de qualquer ataque.

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