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Original para a Internet

Somente o Pai conhece o Filho

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 21 de novembro de 2019


Uma das declarações concisas de Jesus, repleta, porém, de significado e possibilidades, é esta: “...Ninguém conhece o Filho, senão o Pai” (Mateus 11:27). O “Filho” a quem o Mestre se refere é, nas palavras de Mary Baker Eddy, “O Filho de Deus, o Messias ou o Cristo”, como consta na primeira linha da definição de "Filho", na página 594 de Ciência e Saúde com Chave das Escrituras. Visto que o homem individual está para sempre "oculto com Cristo em Deus", a afirmação de Jesus quer dizer que nenhum mortal pode conhecer a verdadeira individualidade, nem a tua, nem a minha, pois o mortal pensa materialmente, e a identidade, tua ou minha, é a de filho de Deus. E é somente o Pai que conhece o filho. 

Alguns mortais têm medo do que talvez pensem outros mortais. Eles temem aqueles que talvez tenham ódio, ciúmes, façam intrigas ou sejam críticos. Não há razão para esse medo. Nenhum mortal, com o pensamento materialmente fundamentado, pode conhecer, entender ou perceber a verdadeira identidade, nem a tua, nem a minha. Que maravilhosa libertação do medo à prática mental errônea esse fato nos proporciona! É a substância do Espírito o que constitui tanto o teu verdadeiro existir, quanto o meu, e o pensamento material não consegue reconhecer essa substância. Somente o Pai, a Mente que tudo sabe, pode conhecer e realmente conhece esse verdadeiro existir, essa individualidade, ou seja, a ideia que Ele tem do homem. É claro que a verdadeira consciência do nosso irmão, por refletir a consciência do Pai, a consciência da Mente, conhece corretamente seu irmão. Como reflexo de Deus, ele reflete o conhecimento que o Pai tem do filho. Mas permanece para sempre o fato de que nenhum estado da mentalidade material, animada pela vontade humana e por motivos malévolos, pode jamais conhecer, discernir ou fazer contato com a individualidade que Deus constitui e mantém sã e salva, nesse infinito Tudo que é Deus, e que é impenetrável. A segurança do homem é tão grande quanto a segurança de Deus.

Por que então alguns mortais temem o que é chamado de prática mental errônea? Porque eles ignorantemente atribuem mais poder à mente mortal, o mal único, do que atribuem à Mente imortal, Deus. Eles acreditam que a mente material negativa, que se autoafirma por meio de mortais imbuídos de pensamentos errôneos, de alguma maneira inexplicável tomou para si parte da onipotência de Deus, perverteu-a e a dirigiu contra o filho de Deus. Eles acreditam não somente que o pensamento maligno, a mente mortal, tenha algum poder, mas que tenha mais poder do que Deus, a Mente imortal, a quem eles teoricamente declaram que é onipotente. Sentem-se como o salmista, quando disse: "Acha-se a minha alma entre leões, ávidos de devorar os filhos dos homens; lanças e flechas são os seus dentes, espada afiada, a sua língua" (Salmos 57:4). Mas, se Deus é verdadeiramente onipotente, quanto poder resta para o mal? Sim, exatamente quanto?

Quando a Sra. Eddy escreve (Ciência e Saúde, p. 102): "A humanidade tem de aprender que o mal não é poder", ela quer dizer que tu e eu temos de nos tornar tão conscientes da onipotência de Deus, e do fato de que somos um com essa onipotência, a ponto de não termos o menor medo da alegação de poder vindo dessa mente maligna. Lembremo-nos de que antes de Jesus chamar a mente maligna de assassina, ele a chamou de mentirosa e assim, ele a excluiu do reino da Verdade, junto com toda essa atividade mentirosa. 

 “Um cortesão disse a Constantino que uma turba havia quebrado a cabeça de sua estátua a pedradas. O imperador levou a mão à cabeça e comentou: ‘É surpreendente, mas não sinto a mínima dor’ ” (Miscellaneous Writings [Escritos Diversos] 18831896, p. 224). A turba enfurecida arremessou projéteis à estátua, não a Constantino. Constantino era outra entidade, e estava em outro lugar. O pensador maligno é como a turba enfurecida. Ele direciona maldade, ciúme e todo o mal, não a ti, à tua individualidade, nem à minha, mas apenas à concepção material equivocada de identidade, na qual ele acredita. Nosso trabalho é saber quem nós realmente somos, e não acreditar naquilo que esse pensador maligno pensa que sejamos. Temos de não consentir, jamais, em acreditar que possamos ser um alvo para o mal. Que papel impossível seria esse, para o filho de Deus! A palavra alvo é desconhecida para a Mente. Nunca, nunca, nunca, o amado ou a amada do Pai ― a única verdadeira identidade tua e minha ― pode ser o objeto de um propósito maligno. Eternamente, de forma perpétua e para sempre, nossa individualidade é o objeto da bênção sustentadora e todoabrangente do Amor. Devemos diariamente e de maneira jubilosa reconhecer esse grandioso fato.

Nossa Líder nos ordena: “Cientistas Cristãos, sede uma lei para vós mesmos, a lei de que a prática mental errônea não pode vos causar dano, quer estejais adormecidos, quer estejais despertos” (Ciência e Saúde, p. 442). Humanamente, estamos sempre, ou dormindo, ou acordados, portanto, a advertência de nossa Líder é para sabermos que a hipotética atividade da mente mortal, chamada prática mental errônea, não pode em nenhum momento fazer contato conosco, nos tocar ou nos causar dano, seja de noite, seja de dia, devido ao fato de que em realidade somos o constante reflexo de Deus e a corporificação daquelas forças espirituais que constituem a lei de Deus. Nossa imunidade, devido à nossa espiritualidade, é perpétua. Nossa superioridade é constante. As forças físicas e as forças materialmente mentais se exaurem em seu reino de suposições. Elas nunca penetram na infinitude que o Amor preenche por completo, onde os filhos de Deus habitam para sempre. 

A luta geralmente é com a crença, inculcada pela educação, de que o mal tenha agentes por meio dos quais atuar, e pessoas sobre as quais atuar. Todos esses conceitos são efeitos da mente mortal e são tão sem substância, sem vida e impotentes quanto a própria mente mortal. A mente mortal, alegando ter identidade e ação, não é a realidade da existência, assim como a história apresentada em um um livro de ficção não é um fato histórico. Por meio do senso espiritual ― o senso da Alma ― nós discernimos que nada existe senão Deus e Suas ideias; discernimos que no universo de Deus (e realmente não existe nenhum outro universo) não há nenhum propósito ou força destrutiva do mal, e nenhuma pessoa com pensamento errôneo para usá-lo ou senti-lo, não há nenhum vilão, nenhuma vítima. Somente Deus está ativo, influenciando, controlando, governando Seus filhos com poder inquestionável e incontestável. Só a Mente conhece sua própria manifestação. Nossa superioridade sobre os maus pensamentos, presente e eterna, assenta no simples fato espiritual e imutável de que nenhum senso mortal do homem conhece ou pode atacar nossa filiação com Deus, pois somente o Pai, a Mente que tudo sabe, pode conhecer e realmente conhece Seu filho.

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