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Original para a Internet

Ser o que desejamos ver em nossa vida

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 31 de julho de 2017

Tradução do original em inglês publicado na edição de novembro de 1958 do The Christian Science Journal.


“…como imagina em sua alma, assim ele é...” Essa é uma citação em Provérbios 23:7. Durante gerações, as pessoas têm ponderado isso com variáveis níveis de compreensão. Hoje muitos estão aprendendo que aquilo que alguém estabelece em seu próprio pensamento, inevitavelmente verá expresso em sua experiência.

Como ideias espirituais de Deus, todos nós temos infinitas possibilidades. Parece que, sob o ponto de vista humano, vivemos em um universo cuja extensão vai só até onde vai a visão que dele temos. Só para dar um exemplo: três homens receberam ordem de entrar em uma floresta, examinar uma certa árvore e informar o que encontraram. O primeiro era botânico. Ele examinou a árvore cuidadosamente e informou: “Quercus alba”, que significa “carvalho branco”. O segundo era poeta. Ele admirou a árvore sob vários ângulos e disse: “A poderosa rainha da floresta.” O terceiro era madeireiro. Ele mediu a árvore e registrou: “Aproximadamente 35 metros de madeira” Todos estavam se referindo à mesma árvore, embora cada um tivesse seu próprio conceito a respeito dela.

Na Ciência Cristã aprendemos que Deus, o bem, é a causa única e o único Criador e que Sua criação, o homem, é constituída de ideias espirituais e nunca está confinada à matéria nem está restrita às limitações humanas. Esse verdadeiro conceito sobre Deus e o homem como Seu reflexo, Sua reflexão, é o que precisamos reter no pensamento, se quisermos manter o domínio espiritual.

Diz-se, de maneira figurada, que um pianista estuda as notas musicais continuamente até que ele as domine em seus dedos. Da mesma forma, é proveitoso ao estudante da Ciência Cristã, que compreende sua unidade espiritual com Deus, afirmar essa perfeita unidade até vê-la expressa na experiência humana.

Uma boa maneira de aprendermos como alcançar a harmonia em nossa vida diária é usar o método metafísico descrito por Mary Baker Eddy, na página 269 do livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, onde ela escreve: “A metafísica explica que as coisas são pensamentos e substitui os objetos dos sentidos pelas ideias da Alma”. Seguir esse método nos ajuda muito quando temos de lidar com problemas de relacionamento humano. 

Muitas vezes surgem situações desarmoniosas e pensamos que a harmonia poderia facilmente ser estabelecida, se apenas alguém mudasse de atitude. Mas, não deveríamos esperar que algo aconteça na outra pessoa, senão teremos mesmo de esperar muito. 

Deveríamos começar por entender que as coisas que vivenciamos são pensamentos e então deveríamos substituir esses pensamentos pelas ideias da Alma. Pensemos nas qualidades de pensamentos com as quais gostaríamos de conviver. Então vamos viver cada uma delas da melhor maneira que as compreendemos. Se um colega parece egoísta ou hostil, precisamos nos empenhar em ser mais generosos e amáveis em cada detalhe de nossa própria experiência diária.

A Sra. Eddy reconhecia a importância de ser, e isso está relatado no Segundo Volumedo livro “Nós Conhecemos Mary Baker Eddy”. Ao falar do poder do amor para curar instantaneamente, está registrado que ela disse (pp.49, 50): “Vive tu somente o amor — tens de ser o amor — amor, amor, amor. Não conheças nada a não ser o amor. Tens de ser todo amor. Não existe nada além disso. É esse o trabalho que dá resultado. Essa forma de trabalhar cura tudo, ressuscita os mortos. Não sejasnada que não seja o amor”. Ela não pediu aos alunos para fazer algo por outra pessoa, mas pediu aos próprios alunos que não fossem nada exceto o amor”.

Uma jovem Cientista Cristã se casou com um rapaz que não era estudante da Ciência Cristã. No começo do casamento havia muita desarmonia. Frequentemente essa jovem dizia para si mesma: “Ah, se ele fosse Cientista Cristão tudo seria diferente!”. Uma vez durante esse período a jovem escreveu para um ex-professor da Escola Dominical da Ciência Cristã pedindo ajuda. E recebeu uma carta, dizendo o seguinte,:

 “Tudo o que podemos fazer é viver e fazer isso com calma, em paz, da forma mais proveitosa (para os outros) onde quer que estejamos. Quando tivermos feito isso, Deus abrirá a porta”. 

 “Cumpra suas obrigações no momento em que você as estiver vivenciando e aproveite ao máximo a beleza, a alegria e a satisfação AGORA”.

Naquele momento a jovem tomou mentalmente a decisão de viver no agora e ser o que ela desejava ver. Ela preparou uma lista de qualidades que gostaria que fizessem parte de sua vida, independentemente de pessoas ou da ajuda de outros. Essa lista incluía ter aspiração pelo que é espiritual, ter consideração pelos outros, viver com senso de humor, ter respeito, ser compreensiva e sentir um amor isento de ego.

Ela então se empenhou em aumentar sua compreensão sobre essas qualidades e de assimilá-las na sua vida diária com o estudo da Lição Bíblica, que consta do Livrete Trimestral da Ciência Cristã. Ela também estudou as referências sobre essas qualidades, que ela encontrou utilizando as Concordâncias da Bíblia e de todos os escritos de Mary Baker Eddy. Ela decidiu viver a todo momento essas virtudes que enumerou. Decidiu amá-las, ser cada uma delas, dia a dia, com a certeza de que já as estaria vendo manifestadas em sua própria experiência.

Quase que de imediato houve naquele lar mais harmonia e união de ideias. Aquelas virtudes sobre as quais ela orou para que se expressassem, ela viu se manifestarem, não apenas em seu marido mas também nos seus filhos. Houve ocasiões em que ela se sentiu desafiada, mas o lar feliz e unido já se estabelecera firmemente. E o que é melhor, a família inteira, com gratidão, começou a estudar a Ciência Cristã. Em humildade, ela aprendeu como alcançar a harmonia por meio de ser o que ela desejava ver.

A Bíblia nos diz: “O Verbo se fez carne” (João 1:14), ou seja, o Cristo veio de uma forma que podia ser compreendido. Precisamos abandonar a maneira teórica de pensar sobre as qualidades que sabemos que a Mente inclui. Temos de vivê-las, amá-las e ser essas virtudes na vida prática. Se temos de viver as qualidades que desejamos ver manifestadas em nossa vida, precisamos identificá-las com Deus, a quem a Ciência Cristã revela como a Mente infinita, o divino Princípio, o Espírito, a Alma, a Vida, a Verdade, o Amor. Por exemplo, ao nos referirmos à nossa identidade espiritual como a expressão de Deus, podemos dizer: “Por que eu sou o próprio reflexo do Amor, incluo e expresso gentileza, a própria ternura do Amor e sou satisfeita e completa”.

Ao identificar sua natureza espiritual com Deus, seu Pai, Cristo Jesus declarou: “Eu e o Pai somos um” (João 10:30). Quando compreendemos que o nosso verdadeiro existir é um com a Mente, a inteligência da Mente é a nossa inteligência, a compreensão da Mente é a nossa compreensão.

Quando estamos em sintonia com as qualidades de Deus e as expressamos, constatamos que nunca nos falta nada. Somos equilibrados e serenos. O resplendor da pureza da Alma é harmonizado pela constância do Princípio divino. A alegria espiritual que irradiamos se fundamenta nos infinitos recursos, na potência e na inteligência da Mente.

Ser cientificamente absoluto e espiritualmente correto em nosso pensar não é algo visionário ou abstrato. Tal maneira de pensar é muito prática quando apropriadamente compreendida e inteligentemente aplicada, pois significa ver, como reflexo de Deus, o que Deus vê e rejeitar os conceitos do erro.

Emerson escreveu: “Jamais nada de grandioso foi alcançado sem entusiasmo”. Não precisamos esperar que alguém primeiramente veja essa verdade e a expresse. Precisamos começar com nosso próprio pensamento agora. Não podemos voltar aos medos e limitações de ontem nem nos projetar vivendo o dia de amanhã.

Sejamos o que desejamos vivenciar, o que desejamos elaborar, sejamos como desejamos que o mundo seja. Devemos nutrir as qualidades espirituais, amá-las e vivê-las, e assim nós as veremos em toda parte. Esse vivenciar abençoa o mundo inteiro. Regozijemo-nos e, sejamos o homem que Deus vê.

Tradução do original em inglês publicado na edição de novembro de 1958 do The Christian Science Journal.

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