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Reconhecer nossa inocência original

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 7 de fevereiro de 2019


A Ciência Cristã ensina que, para compreender corretamente a Deus e para entender nossa filiação divina, nossa eterna unidade com Deus, o pensamento tem de ser libertado das falsas crenças e das conclusões errôneas que delas resultam. Uma das mais sutis dessas conclusões errôneas é a crença em um passado material, a crença de que somos mortais e que tivemos no passado experiências materiais e que essas experiências foram reais. Enquanto esse erro permanecer sem ser destruído ou repreendido em nosso pensamento, ele nos prende com algemas mentais à conclusão de que temos uma dívida a pagar por ofensas passadas, físicas ou morais; desse modo, labutamos sob a influência destruidora do medo e da autocondenação, as causas produtoras da doença e da morte.

Há muitos anos, um Praticista da Ciência Cristã teve como paciente um veterano da guerra civil nos Estados Unidos, que estava sofrendo devido a um ferimento recebido na batalha. Como o caso não cedia ao tratamento, perguntaram à Sra. Eddy o que ela achava que poderia ser o erro que impedia a cura; ela respondeu que tanto o praticista como o paciente acreditavam que houvera uma guerra e a consideravam como um elo de ligação no histórico do paciente. Quantos de nós conseguimos libertar inteiramente o pensamento da crença de que o erro, o mal, tenha uma história? Sabemos que Cristo veio para destruir as obras do diabo. A fim de demonstrar a verdade para nós e para os outros, é absolutamente necessário que o pensamento seja aliviado desse pesadelo, dessa crença em um passado material, pois enquanto ela perdurar, estamos dando nosso consentimento à alegação do erro, de que possuímos uma vida separada de Deus.

Se a Vida é Deus, como ensinam a Bíblia e a Ciência Cristã, então a crença de que a existência seja separada de Deus é uma ilusão, não é real e nunca foi real; é o sonho de Adão que precisa ser superado e comprovado como sendo irreal, da maneira que Jesus nos mostrou, e isso nunca pode ser feito com plena certeza enquanto admitirmos sua realidade, seja no passado, seja no presente. A crença na concepção material, no nascimento, no crescimento e na maturidade nunca esteve na Mente, nunca foi o homem nem a crença do homem; ela é e sempre foi nada mais que uma falsidade autoconstituída, como Jesus a definiu quando disse: “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira” (João 8:44). Nossa Líder diz: “O homem, por ser a reflexão, o reflexo, de seu Criador, não está sujeito a nascimento, crescimento, maturidade e deterioração. Esses sonhos mortais são de origem humana, não divina” (Ciência e Saúde, p. 305).

Que pesado fardo pode ser retirado dos nossos ombros, quando compreendemos que, na verdade, não há nenhum passado ruim para nos atormentar e nos aborrecer com sua lembrança. Desse modo, a crença na hereditariedade é apagada, como também a crença na influência pré-natal e a crença de que o homem, a ideia de Deus, sempre tenha sido escravo ou servo do pecado. Podemos também nos livrar da crença consciente ou inconsciente de estarmos sob qualquer “veredicto da hereditariedade”, “veredicto médico” ou alguma outra sentença humana de qualquer tipo; de que tenhamos sido prejudicados por negligência ou prática errônea, física ou mental; de que tenhamos quebrado uma lei física no passado, e temos de sofrer as consequências desse ato. À luz da Verdade, todas essas alegações são consideradas falsas e não fazem parte da verdadeira existência, pois, “...se alguém está em Cristo [a ideia espiritual do existir], é uma nova criatura; as coisas antigas já passaram” (2 Coríntios 5:17), porque essas coisas nunca ocorreram. Muitos textos bíblicos podem ser citados como exemplo: “Desfaço as tuas transgressões como a névoa e os teus pecados, como a nuvem” (Isaías 44:22). “Pois perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais me lembrarei” (Jeremias 31:34). “...[Deus] lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar” (Miqueias 7:19).

Do ponto de vista científico de que “agora, somos filhos de Deus” e, consequentemente, sempre o fomos, temos a compreensão que nos permite combater e vencer todas as afirmações feitas pela falsa crença chamada “o mal”. Na lei criminal, se um homem acusado de uma ofensa puder provar sua inocência com um álibi, ele é imediatamente absolvido, pois é evidente que ninguém pode estar em dois lugares diferentes ao mesmo tempo. Então, por meio da compreensão espiritual, vamos estabelecer nosso álibi: vamos saber que não estávamos lá quando o suposto delito foi cometido; nós estávamos e sempre estivemos em Deus, porque “nele vivemos, e nos movemos, e existimos”. Para ser livres das crenças mortais, não devemos fazer admissões mentais falsas; não podemos admitir que o erro tenha tido maior realidade no chamado passado, do que no presente, pois, como “um homem se julga em seu coração, assim ele é”.

Temos de saber que uma crença falsa, uma alegação falsa, nunca foi uma crença nossa ou uma alegação nossa, mas foi simplesmente uma das mentiras do mal a respeito do homem; e essa mentira jamais em absoluto afetou o homem, nem mudou a verdade sobre o homem, assim como uma mentira sobre a tabuada de multiplicação nunca pode afetar sua verdade imutável. Tanto o homem quanto a Ciência são coexistentes e coeternos com Deus. Todas as ideias de Deus são perfeitas e indestrutíveis. O sonho de Adão de que a existência é material não tem Deus, nem criador, nem Princípio divino; não tem um ego; portanto, deixemos de nos identificar com essa suposta existência, tanto no passado como no presente; mas, em vez disso, identifiquemo-nos com o homem real, o homem de Deus, e, a partir desse ponto de vista do Cristo, todas as alegações do mal serão vistas como falsidades. O Salvador, que conhecia as possibilidades do homem, disse: “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste”. Não é medicando o assim chamado homem mortal que podemos ser salvos, mas sim vencendo a crença de que somos ou que já fomos mortais. O que foi prometido é isto: “Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono” (Apocalipse 3:21).

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