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Original para a Internet

Para jovens

Receptividade diante de mudanças

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 27 de abril de 2020


“Vocês não entendem.”

Era o que eu dizia ao tentar explicar tudo aos meus pais e aos meus amigos da minha escola anterior. Tantas vezes as coisas podem dar errado quando somos alunos internos, a quilômetros de distância de casa! Principalmente quando somos completamente novos no colégio. 

Comecei no internato no segundo ano do ensino médio, quando parecia que todos já tinham seu próprio grupo de amigos, ou, como se diz, sua própria panelinha. No primeiro dia de aula, eu não sabia nem sequer onde me sentar. Todo mundo se sentou junto dos amigos, e era como se não houvesse lugar para mim. Sentei-me separada de todos, e me senti como se eu não fizesse parte da turma. 

Durante semanas seguidas, todas as vezes que ligava para minha mãe, eu dizia: “Você não sabe como é este lugar aqui. Não é nada do que eu pensava que fosse”.

Minha mãe sugeriu que eu pensasse em dez coisas pelas quais eu sentia gratidão. Achei aquilo um absurdo. Como isso poderia me ajudar em alguma coisa? Mas, por não ter nenhuma outra ideia de como me sentir melhor, acabei fazendo a lista. Lembrei-me de umas poucas coisas: meus pais, minha adoção, e o quanto o ensino nesse colégio no qual eu era interna era realmente bom.

Ao mostrar a lista à minha mãe, ela me perguntou qual era o maior motivo de eu não gostar do colégio. Respondi que eu me sentia como se esse fosse um lugar em que eu não podia ser eu mesma, embora todos os outros pudessem ser eles próprios.

Fiz uma pausa e fiquei em silêncio após ter falado assim, pois notei algo em que eu nunca havia pensado. Percebi de repente que o problema não era a escola, nem o dormitório, e muito menos as pessoas. O problema estava em mim. Eu é que havia chegado lá sem estar com a mente aberta. Eu é que não havia permitido que outros se aproximassem de mim. Eu é que tivera uma atitude negativa, e não estava querendo aceitar mudanças.  

Tudo isso me fez realmente pensar. Dei-me conta de que, apesar de estar com saudade, tanto de casa como de minha melhor amiga, eu não havia deixado o amor para trás. O Amor é Deus, e visto que Deus está em todo lugar, então para mim era possível encontrar o amor onde quer que eu estivesse. O amor de Deus estava ali para mim, no internato, e eu só necessitava ser receptiva a esse amor e aceitá-lo.    

Notei que durante todo o tempo em que me sentira solitária e isolada, Deus havia estado comigo, alertando-me para me ajudar a reconhecer que eu necessitava mudar e que poderia pensar de modo diferente. Deus me mostrava todo o bem que estava logo à minha frente, esperando apenas que eu fosse receptiva a tudo isso.

Depois disso, e com Deus a me ajudar, as palavras: “Vocês não entendem” mudaram. Passaram a ser: “Sabe de uma coisa?” Era isso que eu dizia, quando eu falava com meus amigos e com minha família, relatando todas as coisas incríveis que eu estava fazendo no internato. Deus é o bem, que não se limita a um só lugar. Então foi interessante observar as diversos formas de perceber isso no colégio, às vezes de maneiras bastante óbvias, e, outras vezes, devido a um alerta dado por Deus. Cheguei até mesmo a fazer mais amizades do que jamais havia imaginado. 

Essa experiência me trouxe um ensinamento espiritual e uma lição de vida, pois aprendi que quando parece que as coisas não estão indo bem, ou são diferentes do que eu quero, sempre posso pedir que Deus me ajude a perceber a situação de modo diferente. Deus está sempre conosco, nos ajudando a reconhecer mais e melhor que Ele é o bem, e que está presente em todo lugar. Por ter essa expectativa do bem, passei a ser mais receptiva, e a ter mais boa vontade de aceitar mudanças, em vez de resistir a elas ou temê-las. 

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