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Original para a Internet

“Qual deles?”

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 20 de janeiro de 2020


Tudo é a Mente e as ideias da Mente. Nada pode existir fora da Mente única, que inclui tudo. Tudo aquilo de que a Mente divina pode ter conhecimento é de si mesma e de suas próprias ideias.

A mente mortal também, por sua vez, só pode ter seus próprios conceitos; não pode perceber nada que seja externo a si própria. Entretanto, deve-se compreender que o conceito de pecado que uma pessoa tem não é a totalidade do pecado. Se as sugestões denominadas doença, carência, ou desemprego fossem realidades, existindo separadas do nosso pensamento, então seríamos confrontados com a dificuldade de tentar controlar forças e acontecimentos que existem fora de nós. Mas, visto que essas sugestões estão dentro da consciência, estamos em condições de controlá-las, porque nós sempre estamos em condições de exercer domínio sobre nosso próprio pensamento.

Nenhuma atividade alheia à consciência humana pode ser transferida para dentro dela. Todo assim chamado estado de desarmonia, inclusive a doença, tem de ser mental, pois não poderia ser perceptível à consciência humana como se fosse uma coisa, mas apenas como um pensamento. Embora os mortais aleguem o contrário, a consciência humana não deveria ficar impressionada com os incidentes que estão acontecendo em um universo material externo a ela. Pelo contrário, o fenômeno que ela vê como sendo o mundo está ocorrendo apenas dentro da própria aparente consciência humana, pois ela vê seus próprios pensamentos. 

Consequentemente, mudando nossa maneira de pensar, podemos mudar o que aparece como uma manifestação externa. Isso explica o domínio que Jesus tinha, não só sobre a carência, a doença, o pecado e a morte, mas também sobre os ventos e as ondas. Reduzindo todas essas manifestações a pensamentos, ele as substituía por ideias corretas e assim expressava o domínio que o homem tem, dado por Deus, sobre toda a terra.

“Nada precisa tanto de reforma, quanto os hábitos das outras pessoas”, observou jocosamente Mark Twain. Mas a Ciência Cristã revela que, por ser o erro que vemos em outra pessoa apenas o nosso próprio senso a respeito dessa pessoa, é somente esse nosso senso que precisa ser reformado — e nunca a pessoa. Isso é sempre verdade, pois quer o problema se refira a negócios, a nossos relacionamentos humanos, ou a nosso próprio corpo, a solução está dentro do âmbito do nosso próprio pensamento. O apóstolo Paulo destacou esse fato, quando disse: “...desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade” (Filipenses 2:12, 13).

Por maior que seja o número de pessoas não receptivas ao nosso redor, nada nos impede de melhorar nossa própria maneira de pensar. Um jovem, que não era apreciado por seus colegas de trabalho, disse um dia confidencialmente a um amigo mais velho: “Há muitos empregados na fábrica que não apreciam o meu trabalho; eles são injustos, e eu não vou tolerar isso. Vou endireitá-los, todos eles, um por um”. Houve um longo silêncio, e depois de um profundo suspiro, continuou: “Vai dar um trabalhão, porque são muitos”.

O amigo então replicou: “Bob, vou lhe dizer como fazer esse trabalhão, endireitando apenas um empregado da fábrica”.

O Bob não entendeu, mas perguntou, ansioso: “Qual deles?”

Aí o amigo teve de lhe dizer: “É você”. 

Um trabalhador em uma organização onde parece reinar a injustiça não precisa, em realidade, fazer com que várias pessoas mudem a maneira de se conduzir, para que haja harmonia. Nem deve dar consentimento à crença de que, por tirar alguém do caminho, ou ele mesmo saindo, vai corrigir a situação. Isso não indicaria progresso espiritual. Seria uma admissão de sua incapacidade de corrigir sua própria maneira de pensar. Para conseguir a harmonia, temos de demonstrar uma mentalidade inclinada ao espiritual; temos de reconhecer que a desarmonia não está acontecendo em lugar nenhum, exceto na consciência mortal que vive em estado de delusão. Se formos indulgentes para com o erro, ou se acreditarmos nele, ele parecerá real para nós; mas acreditar no erro não pode fazer com que o erro exista. Não crer no mal é o que destrói o mal. A consciência iluminada pelo Cristo, a Verdade, é um remédio infalível, pois essa consciência esclarecida impede que se aceite a crença errônea. Raramente é outra pessoa ou uma organização que precisa ser endireitada. A ideia correta, ou seja, a verdade que produz a neutralização do mal, quando nutrida em nosso pensamento, faz com que a harmonia se manifeste, pois destrói essa crença de que o mal, que é um só, esteja se esforçando para usar muitas pessoas.

Para aqueles que aparentemente estejam envolvidos em problemas de relacionamentos entre membros da família, a Ciência Cristã também revela “qual deles” precisa espiritualizar a maneira de pensar. O magnetismo animal tenta nublar a questão, levando-nos a aceitar o problema como sendo uma condição que ocorre fora do nosso próprio pensamento, ou que alguém tenha a culpa, e que esse alguém tenha de mudar para que a solução apareça. Nesse ponto, as palavras do apóstolo Paulo são indiscutíveis: “no que julgas a outro, a ti mesmo te condenas” (Romanos 2:1). Aliás, é bem oportuno o que diz Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “O método divino de pagar o salário do pecado implica desenredar nossos emaranhados e aprender, pela experiência, a distinguir entre os sentidos e a Alma” (p. 240). 

Por que é que temos de desenredar nossos emaranhados e “distinguir entre os sentidos e a Alma”? Na realidade, não existe um momento presente que esteja errado. A dualidade não existe. Há apenas um único Criador, Deus, cuja criação é boa e perfeita, como Ele mesmo. Os filhos de Deus não caem e não podem cair na imperfeição. Eles refletem eternamente a Mente divina. A dificuldade aparente não está realmente ocorrendo, mas parece existir apenas no falso senso que temos das coisas. É o magnetismo animal que tenta, por meio da mentalidade inclinada ao que é material, atrair o pensamento para a direção oposta à espiritualidade e à perfeição que está ocorrendo no presente.

Na Ciência Cristã não procuramos nos libertar de uma situação desfavorável por meio da censura aos outros. E não permitimos que a autocondenação nos impeça de progredir devido a qualquer coisa errada que pareça ter ocorrido em nossa experiência. Ao invés disso, nós nos propomos a corrigi-la mediante nossa demonstração da Verdade. O erro não é o homem, mas sempre uma falsa crença impessoal. A Sra. Eddy explica essa verdade de uma maneira muito lúcida em Miscellaneous Writings [Escritos diversos] 1883–1896: “Quem é teu inimigo, para que devas amá-lo? Será uma criatura ou alguma coisa que não tenhas tu mesmo criado?

“Será que podes ver um inimigo, a não ser que primeiro o concebas e depois contemples o objeto de tua própria concepção?” (p. 8).

Nunca podemos ser confrontados com algo que não seja o nosso próprio conceito sobre pessoas e circunstâncias. Os outros não formam o conceito que nós temos sobre eles. Só nós somos responsáveis pelo que pensamos deles. O que os outros fazem ou pensam não muda esse conceito, nem pode mudá-lo sem nosso consentimento. É reconfortante, também, saber que o conceito errôneo que os outros têm a nosso respeito não pode nos alcançar nem nos tocar. O mal não é contagioso; o amor verdadeiro, sim. O amor não perde de vista a perfeição que é inerente a todos. Ele continua a amar, apesar dos aparentes equívocos cometidos por parentes ou amigos.

Jesus disse: “Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio?” (Mateus 7:3). Comentando sobre essa passagem, nossa amada Líder declara: “Reconhece e lança fora de tua própria consciência aquilo que é dessemelhante do ‘ungido’ ” (Miscellaneous Writings, p. 355). Por não podermos estar conscientes de algo fora da nossa própria mentalidade, o praticista, ao curar um doente, vê que a dificuldade toda não é uma pessoa, lugar ou coisa, mas sim uma sugestão do magnetismo animal, que ele tem de enfrentar primeiramente em seu próprio pensamento. Quando ele reduz o magnetismo animal a uma sugestão que está argumentando no seu próprio pensamento, o praticista coloca essa sugestão exatamente no lugar de onde ele pode botá-la para fora, pois o praticista sempre tem domínio sobre seu próprio pensamento.

O praticista nunca está lidando com algo que esteja fora da sua própria consciência. Seu conceito perfeito de homem, predominante em sua consciência, é o que prevalece em seu próprio pensamento sobre a sugestão mesmérica, e então a cura ocorre. O praticista não limita seu tratamento, pensando que um paciente ou outra pessoa possa limitá-lo. Em vez disso, ele sabe que, como o tratamento pela Ciência Cristã é a consciência divina refletida, essa consciência cura e nada pode opor-se a ela.

A Ciência Cristã destaca que podemos de fato curar problemas que envolvem negócios, relacionamentos na família ou doenças, ao mudar nossos conceitos. Deixar de reconhecer essa verdade básica é um erro muito frequente. Não importa a forma que assuma, o mal não é o estado em que estão os negócios, não é um parente, ou nosso paciente; e nós não somos o mal. O erro é uma crença impessoal e não pertence a ninguém, mas cada pessoa enfrenta essa alegação mesmérica em sua própria consciência. Como é que se faz isso? Tendo a Deus como ponto de partida, a única Mente todo-abrangente, a Mente de cada homem. A perfeição inviolável da Deidade e de Sua criação, o homem, é sempre a base do pensamento.

Não há nenhuma dúvida sobre “qual deles” precisa ser corrigido. Fazemos a aclaração necessária no nosso próprio pensamento, com a verdade que nos foi revelada, de que Deus é perfeito e o homem é perfeito. À medida que continuamos a expressar o Cristo, fica mais fácil lidar com as sugestões mesméricas do magnetismo animal, de forma específica, e pelo nome. E por que negamos essas sugestões? Porque elas negam a Deus.

Deus sempre foi Deus. Nada, além do que Ele cria, jamais teve realidade ou existência. Nunca houve um momento em que tudo não tenha sido a Mente e suas ideias perfeitas e harmoniosas. Essas verdades são comprovadas aqui, na paz e na harmonia que inevitavelmente resultam de termos maior consciência da perfeição da Deidade, a qual não pode atacada, e de Seu universo perfeito, no qual não há nem pessoas nem coisas que tenham de ser endireitadas.

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