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Original para a Internet

ÓRBITAS ESTABELECIDAS POR DEUS

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 24 de setembro de 2018


O universo de Deus, com sua ordem científica, está se tornando mais perceptível aos homens nesta época de pesquisa, invenção e progresso religioso. À medida que o pensamento deixa as crenças errôneas a respeito da matéria, do tempo e do espaço, esferas mais amplas de percepção e ação estão se desdobrando. Esta terra não é o limite do conhecimento possível. Está se multiplicando o conhecimento sobre as hostes celestes. Está sendo dada uma atenção mais profunda ao relato espiritual da criação, conforme consta no primeiro capítulo do Gênesis.

À medida que o estudante de Ciência Cristã examina cuidadosamente esse capítulo inicial das Sagradas Escrituras, juntamente com sua interpretação científica que consta no livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, dois fatos se destacam e que são apropriados para a presente era espacial. Primeiro: Deus, a Mente suprema, é o único Criador; segundo, por consequência, cada ideia é lançada na órbita de um propósito eterno, já no momento de sua concepção.

Se Deus tivesse criado as ideias que existem, sem o acompanhamento de um propósito e controle válidos para toda a eternidade, elas teriam um funcionamento infrutífero. Tem de haver utilidade contínua para tudo o que Deus cria. Visto que a Mente criativa é a origem do universo, ela também deve ser suprema, todoabrangente. Isso implica o fato de que as ideias que emanam da Mente divina permanecem eternamente dentro das órbitas do propósito que Deus tem para elas.

Toda identidade real, desde a mais diminuta até a imensa, vive e se move de acordo com a lei da perfeição imutável de Deus. A lei da atração espiritual torna impossível a existência de qualquer poder que possa arrebatar essas emanações de seus circuitos estabelecidos por Deus, como partes permanentes do infinito universo do bem. O status delas está fixado e não pode ser invadido. O erro não poderia viver na atmosfera do Espírito, ao passo que as ideias de Deus bebem de sua essência sagrada e nela prosperam. Tendo sido lançada com êxito no propósito supremo que a Mente tem para ela, cada ideia divina mantém seu curso inalterável. Ao longo de todas as eras, ela persiste em sua carreira ordenada e dirigida por Deus.

A propulsão de todo conceito divino nos caminhos da Mente, no âmbito do infinito, é fruto das energias do Espírito. Essas forças são indestrutíveis, nunca permitem que o trabalho do Criador fique aquém de seu objetivo, careça de sua essencial sustentação, nem que seja aniquilado. A ordem divina, em todo o campo de ação da Mente, nunca chega a um estágio terminal, mas sim, desdobra sempre o círculo de eventos celestiais.

O lançamento das ideias, por parte da Mente, nunca é experimental nem defeituoso. O primeiro capítulo do Gênesis declara em termos inequívocos (versículo 31): “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom”. Tudo o que Ele fez tem permanecido desde antes da história da humanidade até agora e inclui em si mesmo os elementos da continuidade infinita. Visto que a terra e a lua são firmemente mantidas de forma inabalável em seus respectivos cursos, por que não deveríamos aceitar o fato de que o homem, a obra primordial de Deus, é certamente mantido em eterno desdobramento do domínio divino que lhe é conferido?

A Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, a Sra. Eddy, ao escrever sobre o controle que a Mente tem sobre tudo o que realmente existe, diz (Miscellaneous Writings [Escritos Diversos] 1883–1896, pp. 82, 83): “Esta Mente, então, não está sujeita a crescimento, mudança ou diminuição, mas é a inteligência divina, o Princípio divino, de tudo o que realmente existe; ela mantém o homem eternamente no ciclo rítmico de uma felicidade que se desdobra, como testemunha viva da ideia perpétua do bem inesgotável”. Essa declaração a respeito da origem divina e suprema do homem indica a predestinação de sua eterna união com Deus.

As órbitas estabelecidas por Deus não são canais limitados em que Suas ideias estejam confinadas, mas sim, são oportunidades divinamente delineadas para que essas ideias sejam o reflexo, a reflexão, da infinitude da Mente. A segurança científica desse desdobramento permeia a atmosfera dessas órbitas. A Mente não pode enviar suas ideias para ambientes que sejam, em essência, diferentes dela mesma, para vagarem erraticamente através do tempo; ao contrário, as conduz com precisão através da eternidade.

O Mestre, Cristo Jesus, falou de sua identidade espiritual como tendo origem no Pai, identidade essa que sempre fazia aquilo que agradava ao Pai e que retornaria ao Pai. Os filhos de Deus não se precipitam de cabeça na autodestruição, mas movem-se de acordo com aquilo que seu Criador sabe de antemão. Eles não podem se desviar por caminhos errados, porque nunca estão separados da vontade de Deus. O primeiro capítulo do Gênesis, o relato da criação, é tão verdadeiro hoje como quando foi escrito pela primeira vez.

As tentativas atuais de lançar veículos espaciais em novos campos de exploração levam a uma aproximação da descoberta da ordem divina. Mas nem as invenções modernas nem a propulsão humana rumo ao espaço sideral podem, por si mesmas, interpretar adequadamente o infinito. Alturas, profundidades e distâncias desconhecidas da matéria nunca poderão revelar a Verdade primordial. Somente a Ciência divina pode realmente atravessar a imensidão e relatar a presença do reino do céu por todo o espaço. Por meio da rarefação da consciência humana, o pensamento se eleva à atmosfera do primordial e supremo, o eterno tudo.

O Apóstolo João, na ilha de Patmos, escreveu sobre a visão de “um novo céu e uma nova terra” e sobre o que estava acontecendo neles (Apocalipse 21). Ele evidentemente percebeu a natureza da realidade mais do que o conhecimento humano tem sido capaz de explicar ao longo dos séculos posteriores. A Sra. Eddy também, ao falar sobre sua descoberta da Ciência divina, escreveu (Retrospecção e Introspecção, pp. 27, 28): “A mão divina conduziu-me a um novo mundo de luz e Vida, um novo universo ― velho para Deus, porém novo para um de Seus ‘pequeninos’”. Mais tarde, ela ampliou essa declaração com a seguinte profecia (Pulpit and Press [Púlpito e Imprensa], p. 4): “Aquele que vive no bem, também vive em Deus ― vive em toda a Vida, através de todo o espaço”.

Durante séculos, a humanidade foi treinada a acreditar que o homem tenha se afastado de Deus e caído na mortalidade. Supõe-se que ali, na mortalidade, ele se move em órbitas que ele mesmo cria, vivenciando a incerteza, o fracasso, o pecado, o sofrimento e a limitação em todas as direções, e por fim a morte. Tudo isso é um falso pressuposto, pois não pode haver nenhuma existência separada de Deus, que é a Vida infinita. A Ciência Cristã veio restaurar, para todos os homens, a compreensão da eternamente contínua coexistência de Deus com o homem. Dando ouvidos a essa revelação da Verdade, a consciência humana desperta para a possibilidade de ir além da atmosfera da matéria e entrar na conscientização da existência espiritual.

O reconhecimento de que o homem existe de acordo com o propósito que a Mente tem para ele, inclui passo a passo toda a humanidade nessa demonstração de imortalidade da própria verdade. O pensamento humano despertado se reconhecerá liberto das chamadas leis da matéria, da mente mortal e do mal, livre da aparente atração do magnetismo animal e do hipnotismo da sugestão mental agressiva, e descobrirá que é mantido sob as leis da Vida e do Amor supremos.

A vida do Mestre exemplificou esse fato, quando ele caminhou sobre o mar. Por conhecer e aceitar a supremacia do Espírito, que abrange o universo e o homem, Jesus se libertou dos falsos pressupostos da mente mortal e se manteve firme na demonstração divina. Nem o Jesus humano nem o Cristo, sua identidade real, afundaram nas ondas. Jesus não se tornou vítima das geralmente aceitas leis da gravidade, do perigo ou destruição. O humano não foi ignorado, negligenciado nem abandonado à morte. Como o Mestre confiou na verdade de que o homem vive na intenção suprema que a Vida tem para ele, Jesus foi mantido com o Cristo em segurança, com domínio e liberdade.

Quão indesviável era o caminho do Mestre, tanto em nível divino como no humano! Uma vez que ele conhecia sua verdadeira identidade como Filho de Deus e sempre recorria a ela, sua experiência humana triunfou sobre toda tentativa do erro de envolvê-lo em desarmonia ou desastre. Essa sabedoria espiritual o impediu de cometer erros, de desperdiçar seu tempo em buscas infrutíferas, de falhar em sua missão mais elevada. A verdade de que o homem se move dentro do âmbito do propósito de Deus, sempre o levou ao ápice da vitória sobre todo senso material. Nada pôde privá-lo de seu inato direito divino, de seu destino. Ele veio para nos mostrar como seguir o mesmo caminho repleto de propósito.  

Esperando à nossa porta estão os métodos espirituais do existir, experiências que evoluem a partir da infinidade, da liberdade que surge da compreensão de que a matéria é irreal. O dia de hoje oferece ao homem a oportunidade de se libertar de muitos pesos terrenos e de trocar antigas crenças por realidades espirituais. A potência da Ciência divina se expressa por meio de leis espirituais. À medida que comprovamos as ideias verdadeiras que vêm à tona por meio do estudo e da revelação, a vanguarda da exploração científica, divinamente preparada, vai além da atmosfera da materialidade até tocar o reino da imortalidade.  

O diligente estudante de matemática considera a aritmética somente como o primeiro passo em seu estudo e prática. De igual modo, o Cientista Cristão aspira a alcançar e demonstrar cada vez mais o cálculo do infinito. Cada novo vislumbre da ordem divina capacita-o a conhecer com mais clareza sua identidade como filho de Deus. Então, começa a cessar a luta para seguir os caminhos que nós mesmos planejamos, e cessam também suas desilusões, decepções e limitações frustrantes. Em vez disso, brilha a presença do Amor divino, que nunca abandonou o homem à sua própria sorte, mas planejou e preservou o funcionamento do reino dos céus dentro desse homem, eternamente.

Estar ciente do propósito divino, que guarda e orienta o progresso do homem, faz com que deixemos de acreditar no acaso, na vontade humana, na má sorte ou no senso pessoal como se estes fossem os árbitros da experiência humana. Essa consciência traz uma paz profunda, traz confiança e receptividade ao controle divino, o que resulta em realizações muito mais grandiosas do que os mortais possam realizar. Eliminando o medo, a desesperança, ou a resignação, tal consciência revela a glória da existência celestial aqui e em toda parte.

O homem, movendo-se na órbita da intenção suprema que Deus tem para ele, nunca está sozinho. Ele está consciente de que a atividade do Princípio o acompanha; sente a vitalidade da imortalidade em todo o seu existir; reflete o propósito divino como a pulsação inata de seu ser. Ele está consciente da onisciência, está ativo na onipotência e existe na onipresença.

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