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Original para a Internet

Mudança de consciência e de evidência

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 7 de setembro de 2017

Tradução do original em inglês publicado na edição de setembro de 1947 do The Christian Science Journal.


Mudança de consciência e de evidência

Deus, o Espírito, o Criador de tudo o que há, compreende que tudo é espiritual e perfeito, como Ele o criou. A harmonia e a perfeição do homem, que é a expressão de Deus, estão intactas, são eternamente evidentes e é impossível opor-se a elas. Para a Mente que tudo sabe e para o homem à Sua semelhança, tudo, no universo de Deus, está presente, é harmonioso e imutável. Se tudo o que existe é perfeito e eternamente evidente para a Mente infinita e para o homem real feito à semelhança da Mente divina, é óbvio que a evidência espiritual da harmonia e a totalidade da criação de Deus não precisam nem podem ser melhoradas e, na realidade, não existe outra evidência.

É apenas o pensamento errôneo, a falsa evidência dos sentidos materiais relativos ao homem, que precisa ser mudado. Os falsos conceitos a respeito do homem são modificados, não por aquilo que o dogma, a tradição ou o testemunho do senso material dizem dele, mas sim, pela compreensão da sua gloriosa individualidade espiritual, que inclui eternamente todas as ideias e capacidades corretas.

Era a visão correta de Jesus a respeito do homem o que mudava a falsa evidência e capacitava-o a curar os doentes. Assim como Jesus, você e eu, por sermos filhos de Deus, a Mente onisciente, temos a inteligência para discernir o que o homem é, e temos fé em que a compreensão espiritual que refletimos combate o testemunho do senso errôneo, o qual ofuscaria a perfeição presente da criação espiritual de Deus. Se parece que não conseguimos falar à doença com a autoridade de Jesus, podemos rejeitar a falsa evidência dos sentidos e, como ilustra a experiência a seguir, podemos reconhecer a evidência espiritual sempre presente, até que ocorra a compreensão que muda a falsa evidência e traz a cura.

Uma Enfermeira da Ciência Cristã estava cuidando de um garotinho que chorava constantemente e que se queixava em voz alta de uma dor devida a um aparente transtorno da coluna vertebral. Depois de pensar, em oração, ela disse ao menino que, se ele não conseguia parar de chorar, poderia, pelo menos, parar de proclamar o erro. Ela disse: “Você consegue falar e, quando fala, deve proclamar a verdade sobre si mesmo, porque proclamar o erro significa aceitá-lo e essa aceitação parece aumentá-lo”. Ela lhe assegurou que, por ser o filho perfeito e espiritual do Amor divino, ele estava bem e feliz, e que essa verdade era aquilo que ele realmente desejava pensar e expressar. “Além disso”, disse ela, “tente compreender e aceitar a verdade que você pensa e fala”.

A criança, que mostrava bastante boa vontade, disse: “Vou parar de chorar assim que conseguir e, a partir de agora, vou declarar a verdade e não vou proclamar o erro de novo”. E foi o que ele fez. O choro diminuiu imediatamente e, em poucos dias, tanto o choro como a dor cessaram completamente. Em pouco mais de uma semana, a cura estava completa.

Nós, assim como essa criança, às vezes nos deparamos com a necessidade de controlar nosso pensamento, quando a doença, a carência e a mágoa se apresentam. Na prática, elas só passam a fazer parte da nossa experiência se assim permitirmos, mas dela desaparecem quando as repudiamos.

É inato em cada indivíduo o amor ao que é bom e verdadeiro. Da mesma forma, é inato em todas as pessoas, em qualquer situação, o poder de pensar corretamente, de refletir a Mente divina, aceitando como real apenas os pensamentos que emanam da Mente e que são bons e verdadeiros. Podemos também rejeitar tudo aquilo que é indesejável e falso sempre que, agressivamente, o erro sugerir o mal. Nessa capacidade de controlarmos o pensamento, por meio da compreensão espiritual, é que reside nosso domínio.

O magnetismo animal alega maldosamente que, quando precisamos, não conseguimos reconhecer nossa presente perfeição espiritual. Se aceitarmos essa alegação, estaremos consentindo em argumentar a favor da evidência irreal da doença. Quando concordamos com essa sugestão, passamos até mesmo a considerar reais a falta e a desarmonia, e a ver como mera teoria a suficiência e a harmonia do homem, que, no entanto, são um fato presente. Nesse estado mental delusório, nos apropriamos daquilo que não queremos, daquilo de que não precisamos e que em realidade não podemos ter. Resistimos à nossa própria harmonia e domínio, em vez de resistirmos com a força do Espírito ao erro que está tentando encobri-los. Isso acontece porque damos ouvido ao testemunho dos sentidos materiais que alegam falsamente serem verdadeiros, em vez de nos mantermos fiéis à evidência espiritual que está sempre presente e que infalivelmente silencia toda mentira mesmérica.

Um pedaço de papel não pode nos impedir de apagar uma soma errada nele escrita e de substitui-la pelos números corretos. Da mesma forma, nada que alegue estar no corpo material pode resistir ao pensamento espiritualizado e iluminado. Essa maneira de pensar inevitavelmente apaga o erro da mente mortal chamado doença, erro esse que é retratado no corpo, e o substitui pelo fato espiritual.

Uma passagem esclarecedora do nosso livro-texto, “Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras”, de Mary Baker Eddy, mostra-nos como avaliar corretamente a falsa evidência. “Toda suposta informação que venha do corpo ou da matéria inerte, como se estes fossem inteligentes, é uma ilusão da mente mortal — um de seus sonhos. Tens de compreender que a evidência que se apresenta aos sentidos não deve ser aceita, seja no caso da doença, seja no caso do pecado” (pp. 385, 386). E Jeremias escreveu: “Não temas diante deles, porque eu sou contigo para te livrar, diz o Senhor” (1:8). Livrar-nos do quê? De aceitar como real a apresentação da mente mortal, a qual tenta ocultar a perfeição do homem, a qual é evidente ao senso espiritual.

Vemos, agora, que é a consciência material que precisa ser modificada e ela, na realidade, é apenas um modo ilusório de pensar. Como a mente mortal e a matéria são uma só coisa, a crença e a chamada situação desarmoniosa não são duas evidências distintas, são apenas uma e a mesma coisa. A desarmonia não existe fora do consentimento mental que lhe damos. A crença é a própria doença. Além disso, ela é um erro mental ilusório que não tem existência real e, portanto, tem de ceder à medida que o Cristo, a Verdade, dissipa a crença errônea na doença. O medo é destruído pelo reconhecimento de que não existe nenhuma condição material a ser superada, a não ser um pensamento mesmérico e errôneo a ser rejeitado por meio da compreensão espiritual. Ver e reivindicar a harmonia e a perfeição, que estão presentes e evidentes ao senso espiritual, fará com que estas sejam humanamente reveladas.

Armado com esses fatos, aquele que se volta à Ciência Cristã para a cura está em terreno seguro. Ele perceberá que sua principal dificuldade está na mentalidade material, na qual as irrealidades parecem reais. Alcançada a iluminação espiritual, os erros sombrios da crença — preocupação, egocentrismo, comiseração própria, ressentimento, ganância e medo — que parecem ocultar a harmonia presente, têm de recuar e desaparecer. E, quando isso acontece, a harmonia do pensamento se manifesta em um senso mais harmonioso a respeito de nosso corpo.

Será que abordamos um problema como se ele fosse real e fizesse parte do nosso existir? Devemos, em vez disso, começar com a perfeição da Deidade e reconhecer a presença de Deus e de Seu amor infalível. Quando oramos assim, com o desejo de conhecer e fazer o bem, nossa consciência fica iluminada com a compreensão da bondade de Deus e daquilo que o homem à Sua semelhança já é e já possui.

Dessa maneira, avaliaremos o progresso, não pelos sintomas materiais, nem pelos padrões da mente mortal, mas pela melhoria do pensamento. A experiência do autor deste artigo e de outros a quem ele conhece demonstra que, quando buscamos com afinco a espiritualização do pensamento, em vez da cura física, atingimos o desejado enriquecimento espiritual, o qual se evidencia na paz mental e na harmonia do corpo. Não podemos melhorar ou mudar a consciência humana sem que a evidência externa mude também, pois não são duas coisas separadas, mas sim são uma e a mesma coisa. O estudante que segue a regra clara e infalível da nossa Líder, como está na página 62 do livro MiscellaneousWritings[Escritos Diversos]18831896, com certeza será bem sucedido. Ali, ela declara: “Ao manter a ideia correta de homem em minha mente, eu consigo aprimorar tanto a minha própria individualidade, saúde e moral como as de outras pessoas.”

Mas aquele que sente alguma necessidade talvez se pergunte: Com que rapidez a consciência e a evidência podem ser mudadas? A única resposta é que não é de tempo que necessitamos, mas sim de iluminação espiritual. Como na realidade não existe matéria, e é só a crença errônea que precisa de mudança, a cura pode vir segundo a presteza com que mudamos o nosso pensamento, e Jesus provou isso. Como o Cristo, a Verdade, pode vir à consciência humana e mudar o pensamento instantaneamente, nós podemos despertar do sonho da doença em um instante. É nessa consciência iluminada, que o Cientista Cristão sincero procura permanecer, consciência essa que dissipa instantaneamente as sombrias crenças materiais.

Falando a respeito de Jesus, nossa Líder escreve em A Unidade do Bem (p.11): “Anulou as leis da matéria, mostrando que eram leis da mente mortal, não de Deus. Ele mostrou a necessidade de mudar essa mente e suas leis abortivas. Exigiu uma mudança de consciência e de evidência, e efetuou essa mudança por meio das leis superiores de Deus.”

Essa lei mais elevada de Deus está sempre presente e sempre atuando. Embora as crenças humanas talvez argumentem que o homem não é a ideia pura, satisfeita, harmoniosa e sagrada de Deus, a verdade é que a real identidade do homem é imaculada e espiritual. Cristo, a Verdade, nos capacita a declarar e saber que o homem é o filho, a ideia, de Deus, com a habilidade outorgada por Deus de viver a Vida divina de maneira espontânea, alegre e livre de entraves. Em um belo e inspirado versículo bíblico, o profeta Oseias escreveu: “...no lugar onde se lhes dizia: Vós não sois meu povo, se lhes dirá: Vós sois filhos do Deus vivo” (1:10).

Tradução do original em inglês publicado na edição de setembro de 1947 do The Christian Science Journal.

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