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Original para a Internet

Este mundo do Amor infinito

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 9 de dezembro de 2019


No ano de 1893, durante a Feira Mundial realizada em Chicago, no estado de Illinois, Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, foi convidada, por alguns de seus seguidores que moravam naquela cidade, a hospedar-se em suas casas. A Sra. Eddy respondeu com um cartão em agradecimento pela hospitalidade oferecida, o qual foi publicado no The Christian Science Journal, e que incluía as seguintes frases: “Eu tenho um mundo de sabedoria e de Amor para contemplar, que diz respeito a mim e a vós, infinitamente mais do que qualquer exposição ou exibição terrenal. Em retribuição à vossa gentileza, eu sinceramente vos convido a contemplar comigo esse mundo de sabedoria e de Amor, e a preparar-vos para vê-lo”.

Mais tarde, esse cartão foi incluído entre as reminiscências registradas em seu livro Miscellaneous Writings [Escritos Diversos]18831896 (pp. 321, 322) e, dessa maneira, ela estendeu o convite a todos os leitores de sua mensagem.

A linguagem usada nesse convite incomum sugere a proximidade, mais do que a distância em que se encontra esse mundo do Amor. Também está evidente nesse convite que há uma certa urgência em insistir para que o leitor perceba que o mundo a que nossa Líder se refere é de interesse imediato para todos, e que perceba também a necessidade de todos se prepararem a fim de discerni-lo. A impressão que se tem é de que aquilo que nossa Líder estava contemplando e recomendando à atenção de seus seguidores não era um mundo de sonhos, mas o mundo da realidade que de fato existe, o mundo que Deus criou, o universo infinito da Mente. Foi isso que o apóstolo João viu em Patmos; foi isso o que Cristo Jesus descreveu como o reino dos céus.

O Mestre estava preparado para contemplar essa visão sublime devido à sua origem, que era mais que uma origem humana. O apóstolo João e, mais tarde, a Descobridora da Ciência divina, a Sra. Eddy, estavam preparados para receber essa visão devido à sua inspirada compreensão espiritual a respeito de Deus e Sua criação. No Apocalipse e no livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com Chave das Escrituras, os respectivos autores descreveram em linguagem inimitável a perfeição e a majestade da obra de Deus, revelando assim em maior profundidade as inigualáveis declarações do primeiro cristão. À medida que o leitor dessas obras descobre que seus pensamentos foram purificados das concepções humanas equivocadas e tocados pelo significado puro do Amor divino, ele é alçado à perspectiva mais elevada, quando o universo da criação do Amor se estende diante dele. Então, a contemplação espiritual, da realidade se desdobrando em realização, finalmente se transforma em uma experiência concreta.

O panorama visto a partir do pensamento inspirado é totalmente espiritual, radiante com a beleza da santidade e repleto de identidades vivas, perfeitas, por meio das quais a Ciência divina desdobra a majestade e o esplendor do existir. A altura, a largura e a profundidade de todas as coisas são modeladas para mostrar a medida da natureza do Amor. Um fato básico a respeito do cosmos real é de que são espirituais todas as leis, energias e a evolução por meio das quais a imortalidade da existência é sustentada e o nome de Deus é santificado. A ordem do universo mostra a harmonia da Alma. E o regozijar-se do Amor com sua obra é o ritmo da criação. Todas as coisas estão cheias de esplendor vivo, e envoltas em grandeza. A proximidade do Amor é sentida em perfeita paz; seu poder é expresso na música das esferas.

O observador dessa visão se impressiona com o plano estabelecido da criação, sua ordem impecável e a manifestação infinita do suave poder e sabedoria imortal. Há sinais do controle do Amor em toda parte. Todas as expressões da Vida emanam da individualidade do Amor, são inseparáveis dele e estão permeadas por ele. Todos os elementos da criação são preservados no desdobramento do existir perfeito. Consequentemente, a existência é a fruição da realidade transcendente fundamental.

À medida que o olhar mental se mantém firmemente focado no universo daquilo que o Amor cria, torna-se evidente que o resultado da própria plenitude do Amor tem de ser o mundo da Vida sem fim. Nele, não há nenhum sinal de nascimento, declínio, decadência ou morte. Não há períodos definidos tais como tempos antes ou depois do nascimento ou da morte, nem condições baseadas nesses períodos, nem leis que lhes pertençam, e nenhuma criatura que esteja passando por eles. Começo e fim são desconhecidos no mundo espiritual; deles não existe história. A Vida não os está produzindo, mas está expressando a imortalidade de todas as coisas. Dentro da infinitude da Vida não existe nenhum mundo além, ou desconhecido. Não há separação nem tristeza. Toda expressão da criação é preenchida com a alegria de viver eternamente.

O quadro mental da obra do Criador emociona o espectador com seu processo de criação. Todas as leis do governo divino são administradas para abençoar o objeto do cuidado do Amor. O que o Amor divino está fazendo é o que há de novidade para noticiar sobre seu mundo, o único evento que está ocorrendo. O fluxo incessante do afeto divino é a correnteza de vida para a criação. O Amor provê a cada identidade o sopro da imortalidade, a força daquilo que é eterno e a natureza do próprio Deus. A lei que rege é provisão inesgotável, atuando por vontade divina: é uma lei de integridade e propósito espirituais, por meio da qual Deus cumpre a promessa de que Ele nunca deixará nem abandonará os Seus.

Os habitantes do mundo do Amor não são classificados como nações ou raças divididas entre si, mas sim como uma única família harmoniosa, que tem uma única natureza, um único idioma e um único país, um único Deus. E todos têm a meta coletiva de refletir a infinitude do Amor. A coexistência dos habitantes desse mundo é o eterno dia de sábado do Criador, no qual a Vida se regozija, o Amor descansa e a Mente reina. A glória desse dia é o terno carinho penetrante que caracteriza a divina devoção do Amor aos seus filhos amados.

Gradualmente torna-se evidente, para aquele que está contemplando o reino espiritual, que a matéria é ali desconhecida. Nada nesse reino está encaixado na matéria, nem está nela penetrando ou dela saindo. Nenhuma lei da matéria jamais foi ouvida no mundo do Amor ou jamais fez parte dos cálculos do infinito. Os mitos da matéria, tais como limitação, imaturidade, praga, incompletude e desamparo nunca entraram no reino do real. Somente a perfeição imutável do existir está ocorrendo; só está florescendo a semente da concórdia; somente o que Deus plantou está sendo colhido; somente os empreendimentos do céu estão acontecendo.

Na proximidade e vastidão do universo do Amor, a oniação se expressa como desdobramento. Não há nenhuma pressa de ir ou vir: apenas a quietude do existir, brotando de uma fonte inesgotável. Não há labuta para se obter a produção, pois tudo está completo. Nenhuma perda e nenhum acréscimo estão ocorrendo; conflito e competição são inexistentes. O desenvolvimento de todas as identidades nunca está confinado ou frustrado, porque esse desenvolvimento nunca envolve uma condição negativa e não ocorre dentro de uma medida de tempo.

Jesus vivia no mundo do Amor, quando caminhava pelas estradas da Galileia. Ele vivenciava a paz do Amor, conhecia sua supremacia e estava revestido com sua glória. Nada podia apagar da consciência de Jesus o senso de união, ou de ser um com a presença divina. Ele demonstrava para si mesmo e para os outros a realidade do mundo do Amor, aonde quer que ele fosse. Só conhecia ventos que obedeciam ao controle divino; trechos de deserto onde o alimento espiritualmente demonstrado o aguardava; multidões nas quais não havia nenhum contágio. Ao seu comando, a pedra se moveu para abrir caminho para sua ressurreição. Ele orou para que seus seguidores pudessem estar com ele, onde ele estava, vivendo no mundo criado pelo Amor, contemplando seus fenômenos e obedecendo às suas leis.

Portanto, no presente é possível para os adeptos do Mestre tornarem-se cientes do reino celestial que está ao alcance de todos, e reconhecerem o cidadão do reino como o homem que é a emanação da plenitude do Espírito, o filho de Deus. O passado do homem é discernível como totalmente bom em origem, ascendência e história, pleno de tudo o que é favorável ao seu desdobramento, e associado a tudo que lhe é vantajoso. Seu futuro está suprido de potencial e realizações. Esse futuro não lhe é desconhecido, mas se manifesta por meio dele. Ele não vive à espera do bem, mas o vivencia continuamente. O homem está eternamente ciente de sua imortalidade, e equipado para manifestá-la. Quanto ao seu presente, encontramos a seguinte frase apropriada, escrita pela Sra. Eddy em Miscellaneous Writings: “O homem é tão perfeito agora, de aqui por diante, e para sempre, como era perfeito quando as estrelas juntamente cantaram pela primeira vez e a criação se uniu ao grande coro do existir harmonioso” (p. 188). Portanto, o passado, o presente e o futuro do homem se unem na continuidade eterna do perfeito existir.

À medida que o homem é claramente visto no reino de Deus, a melhor maneira de defini-lo é como o “amado”. O apóstolo João alcançou essa percepção, ao contemplar a progênie do Criador. Seus escritos mostram que Deus não ama o homem aos poucos, ou apenas em determinados momentos, mas, visto que o Amor é infinito, ele sempre tem de expressar dedicação aos seus. O Amor irradia seu afeto, graça, poder e santidade por meio do homem. Somente aquilo que o Amor está fazendo pelo homem entra na experiência do homem. Este é coroado com domínio espiritual e, aonde quer que ele vá, seus “pés [estão calçados] com a preparação do evangelho da paz” (Efésios 6:15). No “amado” constatamos a fusão do plano de Deus com sua realização.

É reconfortante para todas as pessoas hoje poderem se beneficiar do convite da Sra. Eddy para contemplar o mundo do Amor, onde não ocorrem surtos de violência e onde não existe nenhum impedimento para o desenvolvimento infinito da existência. As alturas do mundo do Amor não contêm nenhuma atmosfera destrutiva, suas profundezas não contêm nenhuma câmara letal, sua largura não conduz a nenhuma costa estrangeira. Aqui há liberdade para viver em segurança, existir sem pecado, continuar eternamente. Não há nenhum vazio ou escuridão no centro ou na circunferência da criação. A Sra. Eddy fala sobre o amor que Deus concede ao homem: o homem é guiado pela “Verdade que não conhece nenhum erro e com o Amor que está acima dos sentidos, que é imparcial e inextinguível” (Miscellaneous Writings, p. 77).

Os panoramas da realidade, como os aqui mencionados, quando obtidos e mantidos pelos homens, permeiam a experiência humana e subordinam os problemas da mortalidade aos fatos do Espírito. As sombras de falsas crenças diminuem à medida que a luz da compreensão espiritual se aproxima daquele meio-dia em que ela é totalmente aceita no coração dos homens. À medida que os objetos dos sentidos ficam mais obscuros, as ideias da Mente divina ficam mais claramente definidas, até que o horizonte mental se preenche com a vívida presença do universo criado pelo Amor.

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