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Original para a Internet

Dinâmica de grupo

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 12 de outubro de 2020


A metafísica da Ciência Cristã pode ser uma ferramenta muito eficaz para aumentar a qualidade e a eficiência do trabalho em grupo. Os empreendimentos comerciais e comunitários são hoje tão complexos, que o planejamento e o trabalho em si são iniciados e levados a cabo por grupos de especialistas. Uma equipe de especialistas, uma comissão, ou uma empresa normalmente substituem o empreendedor solitário. Com isso, é comum ter de fazer concessões e seguir regras conservadoras, em lugar da ousadia e unidade de comando. 

As ciências sociais analisam a dinâmica dentro do grupo e sugerem métodos humanos, às vezes úteis, mas sempre limitados por conceitos humanos. A Ciência Cristã apresenta um método espiritual. De acordo com essa Ciência, a realidade e as leis que controlam essa realidade são espirituais, criadas por uma Mente única, Deus; elas são absolutas. À medida que a pessoa aplica cientificamente a verdade absoluta à situação humana em que se encontra, sua compreensão e seu caráter são transformados. Sua experiência começa então a se moldar à harmonia e à lei da realidade divina.

Quando um membro de um determinado grupo muda, todas as relações forçosamente mudam também, portanto, o grupo todo muda. Assim sendo, quando um membro do grupo compreende a realidade espiritual sobre a demanda, das ideias e da ação a ser tomada, ele pode aplicar essa verdade para ajudar todo o grupo a obter resultados melhores. A compreensão espiritual a respeito da Verdade, da Mente e do Amor, demonstra leis específicas de Deus, pois a Verdade, a Mente e o Amor são sinônimos de Deus. Na medida em que a iniciativa, o planejamento e o trabalho estiverem fundamentados em leis espirituais, eles serão inteligentes, eficazes e livres dos conflitos paralisantes da pessoalidade humana.

Eu apliquei pela primeira vez os três sinônimos mencionados, como explicarei mais adiante, em uma experiência na qual eu participava de uma comissão cujo presidente era obcecado pelo desejo de parecer bem sucedido aos olhos de seus superiores. Designava tarefas meticulosas e supervisionava persistentemente sua execução e isso parecia ajudar; mas logo percebi que esse método não deixava margem para nenhum experimento. Ele tinha opiniões férreas a respeito de tudo e referia-se a nós como “a minha comissão”. À medida que a comissão elaborava suas recomendações finais, uma latente irritação irrompeu em rivalidade declarada. Até pensei na possibilidade de me demitir.

Mas antes de tomar qualquer atitude, achei melhor analisar o problema à luz da Ciência Cristã. Em minha oração metafísica, não procurei influenciar o pensamento dos outros. Durante o debate, apenas fiz com que os meus pontos de vista estivessem em conformidade com o que eu sabia ser espiritualmente verdadeiro, e o efeito foi que a discórdia diminuiu e veio à tona o trabalho verdadeiramente inspirado da comissão. Instalou-se uma atmosfera mais produtiva; os relatórios ficaram menos estruturados, e foram apresentados alguns planos novos. Decidi permanecer no grupo.

Quando apliquei a metafísica da Ciência Cristã, compreendi claramente que a Verdade cria a demanda, a Mente produz as ideias, e o Amor impulsiona o trabalho.

Em todo tipo de atividade em grupo, precisamos nos perguntar: “De onde vem a demanda por alguma ação? De uma oportunidade, de um problema, de um executivo, de um grupo de elite?” A Sra. Eddy escreve em Ciência e Saúde: “A Verdade, a Vida e o Amor são as únicas exigências legítimas e eternas feitas ao homem, e são legisladores espirituais, que compelem à obediência por intermédio de estatutos divinos” (p. 184).

A Verdade cria a demanda por um determinado trabalho. Quer essa demanda apareça como um problema a ser resolvido ou como uma oportunidade a ser aproveitada, a Verdade exige a demonstração da lei, a lei da realidade espiritual. Por conseguinte, o único ponto de partida é a Verdade. Talvez a Verdade exija a demonstração da lei da justiça, ou do suprimento, ou exija a demonstração da saúde ou do progresso ou da lei que governa os relacionamentos. De acordo com a Ciência Cristã, as leis que regem toda a realidade e atividade são espirituais. E a Verdade tem o poder de impor obediência.

A demanda pode parecer desconfortável para a mente humana, pode ser mal interpretada como se fosse pressão humana, e ocasionar reações pessoais, ressentimento, e resistência à mudança. Entretanto, se for compreendido que a demanda é da Verdade e é esta a causa do trabalho do grupo, haverá por parte dos membros menos defensiva pessoal, menos emotividade ou rivalidade, menos medo de formular planos não exequíveis; e a eficiência do grupo aumentará grandemente.

A confiabilidade de cada um se manifesta espontaneamente, quando entendemos que o esforço do grupo acontece na atmosfera vibrante e saudável que a Verdade cria. Ali o indivíduo se sente valorizado e objeto da confiança dos outros. Ao discernir a infinita, porém legítima, exigência da Verdade, ele humildemente recorre a recursos fora do próprio ego. Começa a encontrar os recursos espirituais da sua individualidade verdadeira, que reflete o Deus infinito. Ele vivencia a emoção de funcionar em um estado mental que ultrapassa sua habitual capacidade humana, pois as demandas da Verdade não são pequenas. Elas exigem a mais elevada expressão de credibilidade, moralidade destemida, lógica inspirada, inteligência e competência. Essas qualidades são mais bem expressadas pelo membro do grupo que mais claramente compreende que sua verdadeira individualidade reflete a perfeição absoluta de Deus.

A Verdade, a Legisladora, exige e produz harmonia e liberdade. Os métodos e regras feitos pelo homem são insuficientes para impor obediência. Não ocorre liderança ditatorial no grupo em que se compreende que a lei espiritual, não a pessoa, está governando. Qualquer disciplina necessária, quando exercida por exigência da Verdade, que sempre requer harmonia e liberdade, é amorosa, impessoal; e os membros prontamente a aceitam.

Essas exigências não são apenas legítimas, mas são também eternas, isto é, atemporais. À medida que nos damos conta disso, os membros do grupo são libertados do falso senso de tempo e pressão, que forçaria soluções de curto prazo. As exigências da Verdade são insistentes, mas não têm limites de tempo.

Se aceitarmos a alegação de que a demanda tem origem em um problema humano, as soluções e os planos ficarão limitados aos confins do problema. Os problemas não delineiam suas soluções. Ao voltar-se para Deus, a única Mente universal, o pensamento será ocupado por ideias totalmente diferentes, muitas vezes radicalmente novas, que levam à solução, muito além de um único passo adiante. O que pode satisfazer uma exigência infinita? Só a Mente infinita, Deus. A Verdade cria a demanda. A Mente produz as ideias. A Mente sabe qual é a exigência da Verdade.

Ao interpretar o relato do Gênesis, sobre a criação das estrelas e dos dois grandes luzeiros para governar o dia e a noite, a Sra. Eddy declara: “A Ciência revela que só existe uma Mente e que essa Mente única brilha por sua própria luz e governa em perfeita harmonia o universo, que inclui o homem. Essa Mente forma ideias, forma suas próprias imagens, subdivide e irradia a luz, isto é, a inteligência que elas têm por empréstimo, e assim explica a frase das Escrituras: ‘cuja semente está em si mesma’ ” (Ciência e Saúde, pp. 510, 511).

Que clara explicação a respeito do método divino de criação! Ideias formadas pela Mente única! Elas não são produzidas por uma ideia saltando de outra ideia. As ideias não desovam umas às outras. Não entram em conflito. Só a Mente única as produz. As ideias da Mente são completas e perfeitas, e não necessitam de revisão. Elas refletem beleza e ordem; e o seu desdobramento é perfeito. A Mente infinita tem um suprimento inesgotável de ideias. A inteligência radiante dessas ideias atrai, e não é necessária nenhuma persuasão autoritária.

Os que demonstram essas ideias espirituais formularão planos humanos que são ousados, completos e belos. A própria expressão deles, seja gráfica, oral, ou delineada de alguma outra forma, irá se desenvolver naturalmente, tal como a ideia espiritual da semente dentro de si mesma. Tais planos humanos, por expressarem inteligência e arte, cumprem seu propósito. Não serão necessários longos períodos de testes, por tentativa e erro, para provar que funcionam.

Um plano humano fundamentado nas ideias da Mente é destemidamente moral. Ele nunca requer concessões contrárias à ética, embora concessões humanas possam ser necessárias no processo de elaboração do plano. Quando o plano é elaborado a partir de uma base espiritual, a inteligência e a honestidade trazem justiça a todos. Ninguém pode ser prejudicado, e nenhum bem pode ser deslocado por um plano feito nos moldes das ideias da Mente. A mente mortal, que tenta criar e possuir ideias, tem de ser descartada. As suas sugestões pessoais são grosseiras, limitadas, desprovidas de escopo e de brilhantismo.

Para fazer a distinção entre um plano fundamentado nas ideias da Mente, e um plano que tem como base apenas sugestões pessoais, temos de discernir o original que o moldou. Será que ele tem como modelo básico o propósito e a inteligência de uma ideia divina, ou é ele modelado apenas com base no desejo pessoal e no raciocínio materialista? Planos elaborados de forma inteligente funcionam de forma inteligente. Não se originaram em simples conversa. E os planos que não são produzidos em conversa não podem permanecer no estágio da conversa. Eles são realizados.

Ao falar sobre Deus como o Amor, a Sra. Eddy diz em Miscellaneous Writings [Escritos Diversos] 1883–1896: “O Amor impulsiona as boas obras” (p. 358). O Amor divino é o terno persuasor que motiva o homem real e o leva a agir de acordo com o propósito da Mente. Essa é a lei do Amor. Mesmo que um único membro do grupo aplique o poder do Amor, de acordo com o método metafísico da Ciência Cristã, ele ajudará a dirimir o conflito e a demonstrar as leis espirituais que governam a ação. Ele ama os seus colegas de trabalho; ama a si mesmo no verdadeiro senso espiritual e ama o seu trabalho.  

Tudo o que pode ser realizado tem de ser feito por meio do calmo poder catalizador do amor. Tarefas muito amadas são realizadas com liberdade e sem esforço. Nem o tempo, nem os músculos, nem os cálculos irão inibi-las. O amor verdadeiro inspira, coordena, e acelera o trabalho em grupo. Cada membro do grupo se apaixonará pelo trabalho. Paulo estava certo, quando escreveu em Gálatas 5:6: “Porque, em Cristo Jesus, nem a circuncisão nem a incircuncisão têm valor algum, mas a fé que atua pelo amor”!

Quem quer que expresse “a fé que atua pelo amor” acelera a ação e beneficia o grupo, quer este seja uma família, uma comissão, ou uma empresa. O Amor que deu a Moisés os Dez Mandamentos abençoou toda uma nação (Êxodo 18:13–27). O Amor, por meio do qual Cristo Jesus curou o filho do oficial do rei, também converteu toda uma família (ver João 4:45–53). O Amor, que revelou a Ciência Cristã à Sra. Eddy, outorgou-lhe também toda habilidade para lidar com a imprensa, os tribunais, a sua igreja, e plateias de milhares de pessoas.

A Verdade cria a demanda, a Mente produz as ideias, e o Amor impulsiona o trabalho.

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