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Original para a Internet

A maneira apropriada de lidar com o erro

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 3 de fevereiro de 2020


“Quando você lida com o erro, nunca estabeleça nenhum elo de ligação com ele.” Esse sábio conselho de um Cientista Cristão me foi de grande ajuda, porque me recordou de que o erro não tem capacidade para se sustentar.

A Ciência Cristã nos mostra que a maneira eficaz de lidar com o erro é recusar-nos a ter algo a ver com ele como se ele fosse realidade; recusar-nos a refletir sobre sua origem; torná-lo nulo e sem efeito, mas não evitar enfrentá-lo. Mary Baker Eddy nos diz em Miscellaneous Writings [Escritos Diversos] 1883–1896: “Tens de constatar que o erro é o nada: então, e somente então, tu o dominas na Ciência” (p. 334). Portanto, não precisamos lutar com ele, mas, em cada caso, temos de reconhecer de forma calma e incisiva a sua nulidade, e assim fazer que a nossa consciência se liberte do erro, de uma vez por todas. 

Um dos maiores elos de ligação que estabelecemos com o erro é a crença equivocada de que ele obedeça a alguma causa. Não existe nenhuma causa para o erro. Mesmo que pareça firmemente enraizado, que já se apresente há tempo, ou seja muito agressivo, o erro é “a maldição sem causa” (Provérbios 26:2). Todas as coisas são possíveis para a Verdade; portanto, todas as coisas são impossíveis para o erro. Ele não pode semear o vento nem colher a tempestade. O erro não pode fazer nada, porque ele é o nada. Portanto, não podemos fazer com que o erro seja o nada, porque ele já é o nada. O que precisamos fazer é demonstrar sua nulidade por compreender o fato de que Deus, o bem, é tudo. 

A cura não precisa demorar para se manifestar. O nada do erro é o fato científico hoje, tão certamente como o será daqui a alguns dias, semanas, meses ou anos. Por exemplo, na antiguidade era normal acreditar que a Terra fosse plana. Mas a Terra plana não existia. A inexistência da Terra plana não passou a ser ainda mais inexistente quando ficou provado que a Terra era uma esfera. A inexistência de uma Terra plana realmente passou a ser mais perceptível para todos, mas a verdade sobre a inexistência da Terra plana não mudou. A única coisa que mudou foi a crença falsa a respeito da Terra.

Aproxima-se o dia em que a crença popular, de que exista uma variedade de desarmonias, será vista como o nada. A Ciência Cristã está obtendo esse resultado, e o consegue ao proporcionar aos homens a compreensão espiritual acerca da realidade. O propósito principal da luz não é o de destruir as trevas, mas sim prover iluminação. O propósito básico da Ciência Cristã não é o de destruir na consciência humana a suposta crença errônea e material, mas sim o de demonstrar a iluminadora ideia-Cristo acerca de Deus e do homem. O pensamento espiritualizado, dando testemunho sobre a verdade de que Deus, o bem, é tudo, prova progressivamente que o erro é inexistente.

A Ciência declara que o erro não pode se criar a si mesmo, nem sustentar-se por si mesmo nem curar-se a si mesmo; ele não é nem agudo nem crônico; não tem sintomas originais, não tem um curso a seguir, não tem de passar por nenhuma crise, não tem nenhuma tenacidade que precise ser dominada, e nenhuma finalidade a ser alcançada. Na Ciência, o erro não é real e não pode parecer real. Ele não existe como ideia nem como lei. Ele não é um quadro físico nem um conceito mental, pois ele não é absolutamente nada. Deus, o bem, é tudo o que existe, é a Verdade infinita e sua manifestação infinita, o homem verdadeiro.

Cristo Jesus conhecia, com absoluta clareza, a nulidade do erro. Ele denuncia o erro, de forma inesquecível, chamando-o de mentiroso e pai da mentira. Jesus descarta o erro com esta pergunta radical (João 8:46): “Quem dentre vós me convence de pecado?” No entanto, com demasiada frequência nós não utilizamos o método dele. Muitas vezes, quando não ficamos rapidamente livres do erro, ouvimos afirmações como estas: “O que é que está me impedindo de ser curado?” “Por que não consigo fazer esta demonstração?” “Eu sei que estou abrigando um pensamento, errado que precisa ser posto a descoberto.” “Alguém impôs uma lei sobre mim.” “Acho que vou ter de resolver isso pelo caminho mais difícil.” Vamos brevemente ver o que são essas sugestões, e descartá-las por completo. 

“Pergunto-me o que está me impedindo de ser curado.” Não seria a crença mortal, aceita na consciência individual, de que exista um poder contrário a Deus e à Sua lei de progresso harmonioso para a Sua ideia, o homem? A verdade é que o filho de Deus nunca é reprimido, suprimido, oprimido ou deprimido; ele é sempre a expressão de Deus. Ele reflete as leis irresistíveis da Vida, que demonstram a atividade do bem infinito, para a qual não existe oposição.

“Por que não consigo fazer esta demonstração?” O estado científico da harmonia no homem e no universo nunca é incompleto, retardado, frustrado ou oculto, e a compreensão espiritual nos permite conhecer, perceber e estar conscientes da verdade e de nada mais que a verdade.

“Eu sei que estou abrigando um pensamento errado, que precisa ser posto a descoberto.” Talvez o pensamento errado que mais precisa ser posto a descoberto seja a falsa crença de que os pensamentos errôneos sejam reais. Pensamentos errôneos sugerem que exista mais de uma Mente. Mas a Ciência Cristã ensina que Deus é a Mente única; que os pensamentos de Deus são a verdadeira substância e são os únicos pensamentos reais. Portanto, a maneira eficaz de discernir e destruir pensamentos errôneos é por meio da iluminação espiritual, que revela que o homem só tem consciência das ideias corretas, dos pensamentos perfeitos transmitidos diretamente da Mente divina e pura. A compreensão desse fato substituirá pensamentos errôneos e materiais em nossa consciência por ideias espirituais, que trazem consigo inspiração, cura, orientação e paz.

“Alguém impôs uma lei sobre mim.” Quem é exatamente esse “alguém”, sobre quem tão prontamente recai a culpa? Não são pessoas, mas sugestões mentais agressivas e impessoais, aceitas na consciência individual! E esse “alguém” pode ser anulado ali mesmo por meio do pensamento correto, que leva ao conhecimento espiritual. A verdade é que não há outra mente para legislar sobre qualquer atividade do homem de Deus. A única lei que influencia o homem é a própria lei infinita de Deus, a lei do existir impecável. Essa lei é onipresente, onipotente, oniativa, e é colocada à nossa disposição por meio da Ciência Cristã. A lei divina está governando cada fase do existir do homem, e o homem está obedecendo a essa lei e a está refletindo.

Quando aplicada na experiência humana, a lei de Deus age como uma lei de ajustamento, aniquilação, restauração e revelação. Tudo o que parece estar presente, mas que precisa de correção, a lei de Deus corrige. Tudo o que está presente mas que não deveria estar presente, é aniquilado pela lei de Deus. Tudo o que está ausente que deveria estar presente, a lei de Deus restaura. Tudo o que está escondido como erro, a lei de Deus põe a descoberto e destrói. Não é da nossa competência delinear o exato efeito externo dessa lei, mas sim confiar na sua infalível sabedoria para normalizar tanto a ação excessiva como a falta de ação, e todos os excessos ou deficiências.

“Acho que vou ter de resolver isso pelo caminho mais difícil.” Não seria porque fomos tentados a nos sentir como um mártir, e isso nos fez dar voz a esse tipo de autocomiseração? Embora a maioria de nós ocasionalmente tenha se sentido como um mártir, será que esse é realmente o único caminho que nos resta? Nossa Líder passou muitas angústias na primeira metade de sua vida humana, e somente na Ciência aprendeu o caminho para a saúde e a liberdade. Que ela esperava que seus seguidores progredissem por meio da Ciência, em vez de por meio do sofrimento, fica evidente nesta veemente declaração em Miscellaneous Writings: “Na prática mental, não utilizo argumentos nem instigo o uso de nenhum argumento que condene as pessoas ao sofrimento. Pelo contrário, não posso servir a dois senhores; portanto, ensino o uso somente daqueles argumentos que promovem saúde e crescimento espiritual” (p. 350).

Um casal estava almoçando em um restaurante muito cheio. O marido notou no rosto da esposa que ela estava sentindo uma dor aguda. Instantaneamente, ele lhe disse: “Qual é a natureza dessa mentira, aliás, desse nada?” A expressão no rosto dela se desanuviou. Maravilhada, ela disse: “Já desapareceu. Eu nem sequer sei onde senti a dor”.

Fui curado quando quebrei o braço. Sem recorrer a nenhuma ajuda material, voltei ao trabalho no segundo dia. No quarto dia, dirigi meu carro. Em três semanas já usava o braço normalmente. Meses se passaram antes que me lembrasse dessa experiência e, até hoje, não posso afirmar com segurança qual braço foi curado. Apenas quatro tratamentos me foram ministrados por um praticista.

Essas experiências mostram o que pode ser feito quando o erro é tratado adequadamente, como sendo o nada, em vez de ser tratado como se fosse algo. Para o Cientista Cristão vigilante, o erro não existe nem como fato nem como fábula; ele simplesmente não existe, de nenhuma maneira.

João, o discípulo amado, nos disse qual é o elo de ligação de que necessitamos, quando fala a respeito daquilo “que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos apalparam, com respeito ao Verbo da vida” (1 João 1:1). É “o Verbo da vida” que constitui nosso elo de ligação, que devemos sempre manter diante do pensamento, examinar, ponderar, compreender, demonstrar. E o que é “o Verbo da vida”, senão a Ciência do existir? Plenamente revelada, essa Ciência está demonstrando as leis da perfeição de Deus, está nos ensinando que Deus, o bem, é Tudo-em-tudo; que o homem é inteiramente espiritual, inteligente, destemido, sem pecado, imortal, é a ideia mais elevada de Deus, refletindo a sabedoria e a pureza da Mente perfeita. O que Deus compreende, o homem compreende, porque a lei de Deus se reflete espiritualmente no homem.

A luz divina do Amor destrói o medo à escuridão. A luz do Amor divino destrói a escuridão do medo. Deus é Tudo; Deus é Um; o homem é um com Deus. Sabendo isso, nós discernimos e demonstramos a natureza divina. Repousamos em pastos verdejantes, compreendendo tranquilos a paz perpétua da Mente. Caminhamos junto às águas de descanso, refletindo ativamente a serenidade da Alma. Permanecemos sem medo na vasta liberdade da Vida infinita.

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